moeda de bitcoin em cima de tela com gráfico de preço
(Imagem: Reprodução/Decrypt)

O Bitcoin pode bater os US$ 200 mil em 2025, dizem os analistas, à medida que os mercados antecipam os principais dados de inflação dos EUA e os fluxos de capital institucional impulsionam o crescimento. 

Programado para ser lançado às 10h30 (Horário de Brasília) desta quarta-feira (15), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro deve mostrar um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior e um aumento mensal de 0,3%, de acordo com dados da MarketWatch.

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O CPI básico, que exclui alimentos e energia, deve crescer 0,3% em relação ao mês anterior.

Os dados antecipados do CPI são fundamentais para entender as tendências da inflação e como elas podem influenciar a política monetária do Federal Reserve

Uma inflação mais baixa ou estabilizada poderia levar o Fed a flexibilizar sua postura agressiva de taxas de juros mais altas por mais tempo, promovendo um ambiente de risco favorável a ativos como o Bitcoin. 

Se a inflação se moderar de acordo com as expectativas, isso poderá reforçar o apelo do Bitcoin ao sinalizar maior liquidez nos mercados financeiros por meio de possíveis cortes nas taxas, tornando os ativos de risco mais atraentes para investidores institucionais e de varejo.

Por outro lado, a inflação persistentemente alta poderia atrasar a flexibilização monetária, atenuando a trajetória de alta do Bitcoin. Os dados da ferramenta CME FedWatch indicam que os traders estão divididos quanto à trajetória de corte de taxas do Fed para o ano.

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“O Índice de Preços ao Produtor ficou abaixo das expectativas, embora ainda esteja subindo; subiu menos do que o esperado”, disse Ryan McMillin, diretor de investimentos da gestora de fundos cripto Merkle Tree Capital, ao Decrypt.

“Poderemos ver o mesmo para o CPI na quarta-feira. Isso sinalizaria que o dólar provavelmente chegou ao topo, e os ativos de risco terão algum alívio.”

Isso se alinha com a confirmação do gabinete de Donald Trump nesta semana e com os comentários crescentes de sua equipe sobre os planos de enfraquecer o dólar e reduzir as taxas de juros — não apenas as taxas de curto prazo, mas também as de prazo mais longo, como a taxa do Tesouro de 10 anos, que vem subindo apesar dos cortes nas taxas do Fed, acrescentou McMillin.

“Isso pode demorar um pouco para acalmar os mercados de ações, mas o Bitcoin e as criptomoedas parecem estar prontos para subir mais imediatamente, quando a equipe de Trump anunciar oficialmente sua posição a favor do Bitcoin e dos criptoativos”, disse ele.

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Leia também: Veja todas as promessas que Trump fez sobre Bitcoin e criptomoedas

Embora alguns prevejam até duas reduções de 25 pontos-base, alinhadas com a orientação recente do Fed, uma parte significativa dos traders acredita agora que pode não haver nenhum corte nas taxas em 2025. 

A recente força do mercado de trabalho dos EUA, com o inesperado ganho de 256 mil postos de trabalho em dezembro, alimentou preocupações sobre a permanência da inflação acima da meta de 2% do Fed, o que pode atrasar ainda mais a flexibilização e criar incertezas para os ativos de risco, incluindo as criptomoedas.

Um ano de alta pela frente?

Cortes nas taxas à parte, alguns ainda veem mais crescimento em uma última etapa deste ano.

Em seu último relatório semanal, a CryptoQuant destacou o potencial do Bitcoin para subir entre US$ 145 mil e US$ 249 mil até o final de 2025, apoiado por tendências macroeconômicas favoráveis, uma administração dos EUA favorável às criptomoedas e padrões históricos. 

O relatório também aponta para a crescente adoção institucional, com endereços que detêm de 100 a 1.000 BTC, somando US$ 127 bilhões em 2024.

“O Bitcoin está entrando no último ano de seu ciclo de quatro anos, historicamente um período de aumentos significativos de preços”, escreveu a CryptoQuant. As tendências históricas sugerem que os fluxos de capital para o Bitcoin podem chegar a US$ 520 bilhões em 2025, com base em US$ 440 bilhões desde o final de 2022. 

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Com um índice de Valor de Mercado para Valor Realizado de 2,3, o Bitcoin permanece bem abaixo da zona de superaquecimento de 3,8-4,0, indicando espaço para crescimento adicional. O índice compara a capitalização de mercado do Bitcoin com sua capitalização realizada, ajudando a identificar condições de sobrecompra ou sobrevenda.

Os riscos incluem um possível evento de “venda de notícias” vinculado às políticas pró-cripto do governo dos EUA e a fraca participação do varejo, o que poderia moderar o impulso. 

Enquanto isso, os dados do CPI de quarta-feira podem influenciar fortemente o sentimento do mercado, com desvios das expectativas que provavelmente afetarão a trajetória da taxa do Fed e a trajetória do Bitcoin, advertiu a CryptoQuant.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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