Imagem da matéria: Criador da FTX deve ser solto após ter fiança de R$ 1,2 bilhão paga pelos pais
O criador da FTX, Sam Bankman-Fried, testemunhando perante o Congresso americano. (Imagem: Reprodução/YouTube)

O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, vai ser libertado nesta quinta-feira (22) após concordar em pagar uma fiança de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão).

De acordo com o repórter Matthew Russell do Inner City Press, a liberdade de SBF representa um elaborado acordo entre os advogados do empresário com os promotores federais, aceito pelo juiz Gabriel Gorenstein durante uma audiência desta tarde em Nova York.

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Segundo o CNBC, os pais de Bankman-Fried vão dar como garantia uma casa para satisfazer parcialmente as condições da fiança de “reconhecimento”.

Isso representa um compromisso por escrito do empresário de comparecer ao tribunal para julgamento quando solicitado. Se seguir essa regra, ele não é obrigado a pagar o valor integral da finança.

Como parte da liberação, Bankman-Fried deve ser colocado sob custódia na casa de seus pais.

O executivo deixou as Bahamas e chegou em Nova York na noite passada para enfrentar as  oito acusações de fraude criminal do Departamento de Justiça (DoJ).

Após argumentos dos promotores federais e do advogado de defesa de Bankman-Fried, um juiz disse ao magnata das criptomoedas que ele teria permissão para aguardar o julgamento na casa de seus pais em Palo Alto, Califórnia.

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Nicolas Roos, promotor de Nova York, disse ao juiz federal Gabriel Gorenstein que o governo estava propondo um pacote de fiança que incluía o pagamento de US$ 250 milhões, prisão domiciliar e monitoramento de localização.

Ross a descreveu como “a fiança pré-julgamento mais alta de todos os tempos”, garantida pela propriedade de Palo Alto.

Como fica a situação de SBF agora

Livre na casa dos país, Sam Bankman-Fried não poderá gastar mais de US$ 1 mil, exceto em custos relacionados à defesa, nem iniciar outros negócios, sem a aprovação do tribunal.

Ele também terá que entregar seu passaporte para as autoridades, já que está proibido de deixar o país. O advogado de defesa de Bankman-Fried disse que ele concordou com essas condições.

Mais cedo, dois dos antigos aliados mais próximos de Sam, Caroline Ellison, a ex-CEO da Alameda Research, e Gary Wang, cofundador da FTX, também foram proibidos de deixar os EUA ao se declararem culpados da acusações apresentadas pelo distrito sul de Nova York, garantindo a cooperação nas investigações em andamento sobre o colapso da FTX.

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“Gostaria de enfatizar que meu cliente consentiu voluntariamente em enfrentar essas acusações – a extradição pode levar meses ou anos nas Bahamas”, disse o advogado de Bankman-Fried durante a audiência de hoje. “Os pais dele são professores de Stanford. Pedimos que você aceite a liberação.”

“O réu alcançou notoriedade suficiente, seria impossível para ele continuar as transações financeiras”, disse o juiz Gorenstein ao proferir sua decisão. “Essa notoriedade também vale para risco de fuga – ele seria reconhecido – então vou permitir a liberação.”

Os promotores dos EUA acusaram Bankman-Fried de oito acusações criminais relacionadas ao colapso da FTX, incluindo conspiração para cometer fraude eletrônica em clientes e conspiração para fraudar os EUA e violar as leis de financiamento de campanha.

Com informações do Decrypt.

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