Imagem da matéria: Criador da Criptomoeda da Venezuela Já Combateu o Governo Maduro
Jovem chegou a participar de caravana contra o atual governo da Venezuela (Foto: Reprodução)

Um jovem advogado de 27 anos é a mente por trás do petro – criptomoeda lastreada na produção de petróleo e que promete driblar as sanções econômicas impostas à Venezuela pelos Estados Unidos. O perfil de Gabriel Jimenez chama atenção. Especialmente por ter um histórico de críticas ao governo de Nicolás Maduro e, agora, aparecer ao lado do presidente como o idealizador de mais um de seus projetos controversos.

Os holofotes se voltaram para Jimenez no mês passado. O jovem apareceu ao lado de Maduro e de dois empresários russos, em rede nacional, assinando a criação do petro. Sobre a The Social Us, empresa de Jimenez, o presidente disse: “É uma empresa fundada e liderada por jovens venezuelanos que possuem uma das tecnologias blockchain mais avançadas do mundo”.

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A parceria com o governo chamou atenção. Jimenez trabalhou em um banco na República Dominicana, mas retornou ao país natal após a instituição quebrar e seu pai, com quem trabalhava, ser acusado de fraude. Neste período, segundo reportagem da Associated Press reproduzida pelo The New York Times, o jovem começou a viajar para os Estados Unidos.

Frequentou aulas de inglês nas universidades de Harvard e George Mason. Em 2013 Jimenez fundou a The Social Us, registrada na Flórida como uma empresa especializada no desenvolvimento de aplicativos. No ano seguinte, o jovem venezuelano trabalhou por cinco meses como estagiário da Miami Republican Ileana Ros-Lehtinen, uma das entidades mais críticas ao governo de Maduro.

Segundo a reportagem, os colegas do ex-trabalho se lembram de Jimenez como um “espirituoso anti-governista” que ajudou a organizar a Trip for Freedom, caravana na qual milhares de exilados venezuelanos viajaram de ônibus para Washington para pressionar o governo Obama a criticar Maduro.

Agora, seu ex-empregador tem ressalvas em relação ao jovem. “Gabriel veio ao nosso escritório e disse que queria aprender a apoiar a liberdade a democracia”, disse a Ros-Lehtinen em comunicado. “Em vez disso, parece que ele está usando as liberdades que os Estados Unidos forneceram para ajudar o regime de Maduro a consolidar o poder a destruir as instituições democráticas da Venezuela. Quem optou por Maduro fornecendo-lhe uma linha fez uma escolha significativa e deve enfrentar todas as consequências de se voltar contra seu povo”.

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Jimenez se defende

Jimenez tem se defendido das críticas. Disse que seu trabalho para o governo tem um objetivo maior e não está restrito ao campo político: vai dar aos venezuelanos a chance de comprar alimentos em meio a uma inflação na casa de quatro dígitos. Segundo o jovem, o trabalho começou em 2015, quando regressou à Venezuela e juntou-se a outros empresários do ramo tecnológico para criar uma moeda digital. O grupo, então, teria buscado apoio do governo na esperança de torná-la legal (na época, os mineradores de bitcoin estavam ameaçados de prisão ou eram extorquidos pelo governo).

“Trata-se de fornecer oxigênio às pessoas, não a um governo”, disse Jimenez. Se o petro decolar, alega, os venezuelanos poderão trocar livremente seus bolívares por uma moeda mais estável. Atualmente, a única maneira de fugir dos rígidos controles cambiais impostos em 2013 é o mercado de câmbio ilegal.

Críticas, sanções e Donald Trump

Na segunda-feira (19), o presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que impõe novas sanções contra a Venezuela por causa da Petro.

Trump já havia se pronunciado anteriormente sobre a Venezuela estar tentando burlar as sanções econômicas impostas. Por esse motivo, declarou estar se preparando para assinar uma ordem executiva para impor sanções adicionais. Ontem, a Casa Branca anunciou bloqueio de quaisquer transações nos EUA de petro.

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Maduro já havia afirmado que a Petro tinha finalidade de contornar as sanções econômicas impostas sobre a Venezuela.

Além do governo dos EUA, o token controverso também recebeu criticas da oposição venezuelana. A Assembleia Legislativa do país, embora sem poder efetivo, denunciou-o como “ilegal” e inconstitucional.

E enquanto Maduro afirmou já ter levantado US$ 5 bilhões na pré-venda do token, nenhuma evidência foi apresentada para respaldar essa informação.

Uma outra questão que foi levantada pelo site Bitcoin.com, trata do fato do governo americano poder restringir outras criptomoedas que ele considerar ”ilegal” ou que sejam uma ameaça.

Leia Também: Gráfico Mostra Bitcoin a US$ 91.000 em Março de 2020

 

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