Imagem da matéria: Corretora IQ Option diz que vai enfrentar proibição da CVM para operar no Brasil
(Foto: Shutterstock)

Após a informação — noticiada em primeira mão pelo Portal do Bitcoin— de que a Comissão Valores Mobiliários proibiu a atuação da corretora IQ Option no Brasil, a empresa deu sinais de que vai enfrentar o órgão regulador.

Questionada por diversos clientes pelos chats da plataforma, a IQ Option respondeu nesta quinta-feira (23) que já estava ciente da notificação. Além disso, afirmou que a restrição da CVM era apenas sobre o marketing, não sobre o trading — uma estratégia similar à adotada pela Atlas Quantum.

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“Sabemos que está relacionada a estratégia de marketing para investimentos e já temos os departamentos responsáveis envolvidos e trabalhando na questão. Ou seja, como mencionado, esta nota se refere questões de marketing, não ao trading em si”, disse.

A reportagem entrou em contato com a empresa pelo número (61-35500638) disponível no site para clientes brasileiros. A gravação informa que não há suporte disponível em português, mas oferece atendimento em inglês.

Após alguns minutos um atendente chamado Vladimir entrou em contato. Ao ser informado do problema, pediu alguns minutos e depois retornou com respostas vagas. Disse que a empresa estava trabalhando no caso, mas que não havia nenhum funcionário no Brasil para lidar com a situação:

“Mas temos um departamento especial para cuidar da questão”.

Vladimir também disse que a corretora não possui nenhum tipo de assessoria de imprensa para responder a mais dúvidas e sugeriu que se mandasse um email para o suporte.

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Problemas para IQ Option

decisão da agência reguladora foi publicada nessa quinta-feira (23) no Diário Oficial da União. Na visão da CVM, a corretora vem oferecendo contratos de investimento coletivo (CIC) sem autorização.

Dessa maneira, a IQ Option capta clientes para operação do mercado Forex e de operações binárias.

Caso Atlas Quantum

Embora sejam empresas diferentes, a IQ Option adotou a mesma tática de enfrentamento da Atlas Quantum. Em agosto do ano passado, a Atlas tomou um stop order da CVM que também proibiu a empresa ofertar contratos de investimento coletivo.

Esse tipo de investimento requer registro junto a CVM ou a dispensa que também deve ser conferida por essa autarquia, pois se enquadra a uma espécie de valor mobiliário tratado na Lei 6.385/76, conforme o próprio órgão fundamenta em sua deliberação.

Inicialmente, a empresa afirmou que só precisava deixar de fazer publicidade para de adequar às regras da CVM. Dias mais, contudo, voltou atrás e deixou de ofertar os principais produtos.

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A autarquia havia sido clara sobre a empresa. Ela estava “oferecendo publicamente mais do que apenas uma plataforma que permita a negociação de criptomoedas entre diferentes mercados, sendo necessário o devido aprofundamento investigativo”.

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