Corretora Huobi vai encerrar conta de todos os clientes de Singapura

Prazo para retirada de fundos vai até 31 de março de 2022
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A Huobi Global incluiu Singapura em sua lista de jurisdição restrita e por isso vai ter que encerrar as contas de todos os usuários locais até 31 de março de 2022 para cumprir as regulamentações, disse a exchange em um comunicado na terça-feira (09).

“Huobi Global não pode mais oferecer serviços para usuários baseados em Singapura”, diz um trecho da nota. A empresa lamentou a decisão e agradeceu os clientes. Em seguida, alertou os usuários da plataforma a tomar medidas imediatas, fechar posições de trading e sacar suas criptomoedas antes da data mencionada. 

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Em julho deste ano, a exchange, que possui várias filiais espalhadas pelo mundo, tomou a mesma medida a usuários dos Estados Unidos, Canadá, entre outros países, que também estão proibidos de negociar na plataforma. Grande parte de sua equipe foi então transferida para Singapura, ressaltou o Coindesk ao comentar o assunto.

Com medida igual tomada na China após repressão do governo, a Huobi agora pretende compensar o déficit de usuários explorando novas jurisdições, pois sua receita corre o risco de cair pela metade. Para se ter uma ideia, uma pesquisa recente do Independent Reserve concluiu que 40% da população de Singapura possui alguma criptomoeda.

Recentemente, também, a Huobi estimou que pode perder 30% de todo seu faturamento só com o encerramento de usuários na China. “Não haverá usuários chineses na plataforma […], então nossas receitas [desses clientes] chegarão a zero”, disse o cofundador da Huobi, Du Jun, na terça-feira (09). 

Por conta disso, a exchange considera quadruplicar seu número de funcionários — atualmente a corretora possui mais de mil empregados — como parte de sua tentativa de expandir globalmente. “Precisamos nos tornar globais”, disse Jun.

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Em setembro, a Binance também foi adicionada à ‘Lista de Alerta ao Investidor’ da Autoridade Monetária de Singapura (MAS), como ocorreu também em outros lugares da Ásia, como Japão e Malásia, que alertaram que a exchange operava sem a licença necessária.