Imagem da matéria: Corretora chinesa de criptomoedas encerra operações no Brasil e anuncia prazo para saques
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A exchange chinesa Coinbene anunciou nesta segunda-feira (18) que vai encerrar oficialmente todas as atividades no Brasil, país onde atuou por quatro anos com certa dificuldade. Os clientes terão até o final de novembro para realizar os saques.

Em uma nota oficial, a Coinbene disse que estava sofrendo restrições operacionais devido às recentes proibições do governo chinês ao mercado cripto que impediam a continuidade do seu serviço aqui no Brasil.

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“Considerando que os principais serviços técnicos e inovações de produtos vêm da equipe chinesa, podemos não ser capazes de fornecer serviços de alta qualidade aos clientes brasileiros como sempre fizemos”, explica a equipe brasileira da exchange, que finaliza: “Se não podemos fornecer serviços de qualidade, preferimos parar”.

Com o fim das operações no Brasil, a corretora perde sua equipe local de atendimento e deixa de oferecer depósitos e saques em reais na plataforma. 

Os brasileiros que possuem conta na Coinbene devem fazer o saque dos seus ativos em real até o dia 31 de novembro, data em que os serviços serão oficialmente interrompidos. “Após esta data, toda e qualquer tratativa deverá ser feita diretamente com a Coinbene Global”, informa a corretora.

Um funcionário brasileiro da exchange, que preferiu não ter seu nome divulgado, confirmou ao Portal do Bitcoin as informações anteriores e alertou que a exchange pode não estar com dificuldades apenas no Brasil, já que o problema operacional é global.

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“De fato a Coinbene irá encerrar as atividades, o anúncio da plataforma global ainda não saiu, porém a filial do Brasil já está sinalizando o encerramento”. Ele não confirmou o fim da plataforma global, mas disse acreditar que fechará em breve “devido às recentes investidas dos reguladores da China que tornam inviável a operação”.

Passado conturbado da Coinbene no Brasil

A Coinbene abriu a sua filial no Brasil em 2018 e, ao contrário de outras exchanges internacionais que também expandiram sua operações no país, a corretora chinesa enfrentou certa dificuldade para consolidar a sua posição no mercado brasileiro.

No final do ano passado, clientes suspeitaram que a Coinbene havia abandonado o país quando a plataforma deixou de responder os usuários brasileiros. 

Na época, a diretora de operações na corretora no Brasil, Sófia Fang, disse ao Portal do Bitcoin que a plataforma está passando por uma fase de reestruturação e por isso não estava funcionando. 

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Ela alegou, no entanto, que o atendimento seguia normalmente, embora os clientes informassem que seus e-mails não eram respondidos e que o telefone que a corretora informava no Google, pertencia a outra pessoa.

Além dos problemas operacionais, empecilhos legais também marcaram a jornada da Coinbene no Brasil. Em agosto de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a exchange de captar clientes no país para investimento em contratos futuros. Na época, os reguladores alegaram que a oferta desse tipo de produto correspondia a um contrato derivativo e que de tal forma, precisava de autorização expressa da CVM para ser ofertado aos brasileiros.

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