Imagem da matéria: Corretora brasileira vai gastar R$ 620 mil para ressarcir investidores afetados pelo derretimento da stablecoin UST
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A corretora brasileira Nox Bitcoin decidiu que vai ressarcir todos os seus clientes que perderam dinheiro na última semana com a queda do token UST, a stablecoin algorítmica da blockchain Terra (LUNA).

Por ser pareado ao dólar americano, o UST deveria sempre valer US$ 1. No entanto, o espiral da morte que atingiu o ecossistema Terra na semana passada levou o preço do UST para os US$ 0,06 registrados nesta sexta-feira (20).

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Por conta disso, a Nox vai repor o dinheiro perdido pelos clientes que tinham UST armazenado nas carteiras da plataforma antes do colapso. 

Por exemplo, se o investidor tinha 1 UST e atualmente a moeda vale US$ 0,06, a Nox vai depositar mais US$ 0,94 na sua conta. Esse reembolso será feito na forma de USDT, a stablecoin da Tether.

O CEO da Nox Bitcoin, João Paulo Oliveira, disse ao Portal do Bitcoin que pelo menos R$ 620 mil serão gastos nesta ação.

Oliveira conta que, embora a corretora não seja obrigada a arcar com as perdas de clientes que investem em moedas específicas na sua plataforma, eles decidiram intervir nesse momento para garantir a confiança da sua base.

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“Os clientes confiaram na gente para fazer staking e nós entendemos que a confiança deles tem muito mais valor do que qualquer outra coisa”, explica. “Nós vamos reembolsar esses usuários tirando as despesas que teríamos em outros lugares, como marketing”. 

Ele ressalta que os clientes que compraram UST após a queda da moeda, na esperança de que o preço voltaria a subir, não serão ressarcidos.

UST e LUNA seguem listados

Além de permitir a compra e venda de criptomoedas, a Nox Bitcoin também permite que clientes façam staking para gerar renda passiva. Um dos serviços era o staking de UST, que gerava os lucros através do Anchor Protocol, o principal projeto DeFi da Terra que prometia pagar um retorno anual (APY) de 19,5%.

Segundo João Paulo Oliveira, a opção de disponibilizar o staking através do Anchor Protocol era que UST era umas das moedas que mais cresciam em volume negociado, e parte dos clientes tinham interesse em se expor ao projeto.

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Quando questionado se a corretora iria continuar listando as moedas do ecossistema Terra e usar o Archor Protocol, Oliveira disse que vai esperar os desdobramentos do caso para tomar uma decisão definitiva. Por enquanto, as moedas continuam disponíveis na plataforma.

“Estamos aguardando os próximos passos para ver em que direção vai o mercado. É possível que o ecossistema Terra não exista mais, mas o mercado de criptomoedas é imprevisível e pode acontecer qualquer coisa: inclusive o eventual ressurgimento do ecossistema Terra”.

Ele acrescenta que impedir que clientes se exponham a risco e protegê-los de eventual perda de dinheiro, significa impedir que eles ganhem dinheiro. 

“Esse não é nosso papel”, explica Oliveira. “Nosso papel é fazer curadoria, buscar projetos sérios e disponibilizar na plataforma com foco sempre em renda passiva, que é a grande tendência desse mercado”. 

Apesar disso, a corretora se comprometeu a criar um esquema de classificação de risco para alertar os investidores sobre os projetos nos quais estão depositando dinheiro.

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