Após sete meses da morte do empresário de tecnologia John McAfee, seu corpo permanece em um necrotério de Barcelona, na Espanha, aguardando decisão da Justiça sobre sua repatriação. De acordo com o Infobae, o motivo é que a causa de sua morte ainda investigada, se foi ou não suicídio, questão levantada por sua própria familia.
Considerado um gênio da informática — criador do antivírus McAfee e também famoso na comunidade de criptomoedas por defender o Bitcoin —, McAfee morreu no final de junho do ano passado em sua cela, em uma prisão de Barcelona, no mesmo dia em que o Tribunal Nacional espanhol anunciou sua decisão de extraditá-lo para os Estados Unidos.
O americano havia sido indiciado por sonegação de impostos sobre lucros alegadamente obtidos com atividades e negociação de criptomoedas, e também por esquemas de pump and dump em ICOs. As autoridades americanas então alegaram que McAfee não pagou impostos de 2014 a 2018 e que direcionou a receita por meio de contas com criptomoedas em nome de outra pessoa.
Por sua vez, o empresário alegou ter pago milhões de dólares em impostos e disse ter sido vítima de perseguição política por ter denunciado corrupção em órgãos de segurança americanos.
Prisão e morte de John McAfee
A prisão do pioneiro da segurança cibernética ocorreu em outubro de 2020 no aeroporto de Barcelona quando estava prestes a pegar um voo para Istambul, ficando em seguida sob prisão preventiva até sua morte.
Dias antes, McAfee, que mostrava abertamente sua vida extravagante, revelou no Twitter que não tinha mais dinheiro ou bitcoin: “Não tenho nada”, escreveu na época.
Também em seus últimos dias, conta o Infobae, McAfee reclamou de falta de atendimento médico na prisão, pois ele sofria de uma doença crônica, e que ao contrário do resto da população espanhola de sua faixa etária, ele não havia tomado a vacina contra Covid-19.