Imagem da matéria: Conselheiro da Binance critica política econômica de Bolsonaro e elogia Lula: "Deu muito certo"
Ex-presidente do BC, Henrique Meirelles faz agora parte de conselho da Binance (Foto: Agência Brasil)

Recém integrado ao Conselho Mundial da Binance, o ex-ministro da Fazenda e presidente do Banco Central Henrique Meirelles deu entrevista ao jornal Valor Econômico na quinta-feira (27), indicando quais as melhores saídas para o Brasil em sua opinião e elogiando o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também criticou o que chamou de falso liberalismo do ministro da economia Paulo Guedes na gestão de Jair Bolsonaro.

Na entrevista, Meirelles afirma que não acredita que Lula tentaria um política desenvolvimentista como a adotada pela ex-presidente Dilma Rousseff e que gestão do petista deve seguir a linha da que foi tomada entre 2003 e 2010, no governo do petista.

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“Acredito que o mais provável é que o Lula repita, caso eleito, o primeiro governo dele, principalmente do primeiro mandato, que deu muito certo. Foi um governo em que a economia cresceu 4% em média durante oito anos e criou 11 milhões de empregos”, disse.

Sobre o liberalismo de Guedes, Meirelles afirma que na teoria o caminho estaria certo, mas a prática é inversa ao que se fala. “O que vemos é um discurso liberal, na linha correta, porém uma prática muitas vezes oposta a isso. Estamos vendo isso com o orçamento secreto, as emendas do relator, a PEC Kamikaze. Estamos vivendo uma política de aumento do tamanho do governo, aumento de gastos públicos”.

Henrique Meirelles vem sem apontado como um dos principais nomes da economia em um eventual próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, caso o petista vença a eleição no domingo (30).

E o candidato petista não tem escondido que vê no economista um nome forte para um eventual governo: em evento na PUC-SP na segunda-feira (24), Meirelles e o também liberal Pérsio Árida foram os únicos eonomistas que discursaram. Lula foi além e fez questão de citar nominalmente o conselheiro da Binance: . “O Meirelles sabe que a gente teve responsabilidade fiscal. A gente teve e vai continuar tendo, porque não se pode brincar com um país.”

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Responsabilidade fiscal e reforma administrativa

Sobre medidas práticas, Meirelles disse ao Valor Econômico que, em caso de vitória, é necessário anunciar um programa de responsabilidade tanto fiscal quanto social. Ele aponta como “inevitável e correto” manter o Auxílio Brasil em R$ 600.

“E liderar um processo de negociação para aprovar uma reforma administrativa séria, como aquela que fizemos em São Paulo. Com o resultado da reforma administrativa, entramos em 2022 com saldo orçamentário der R$ 53 bilhões. Existe espaço para isso no governo federal. Uma reforma administrativa pode gerar um espaço enorme para os próximos anos”.

Perguntado sobre uma possibilidade de reforma tributária e maior taxação, Meirelles diz que um projeto para unificar PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS já está pronto na Câmara e Senado e tem consenso geral.

“Simplificando essa total balbúrdia tributária que existe no Brasil. As pessoas reclamam com razão, porque, segundo cálculos do Banco Mundial, esse é o maior problema para a produtividade brasileira. Faz com que produtividade esteja baixa e caindo”, diz.

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Sobre a taxação das grandes fortunas , Meirelles diz que existe um espaço para isso e é “razoável propor”, mas é preciso ter cuidado para não criar medidas que prejudiquem crescimento, criação de emprego e entrada de investimento estrangeiro.

Meirelles na Binance

O ex-ministro da Fazenda do Brasil e ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles passou a ocupar em setembro um dos assentos do conselho consultivo da maior corretora de criptomoedas do mundo, a Binance.

Meirelles é um dos executivos financeiros de maior destaque do país. Ele foi ministros da Fazenda entre 2016 e 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB), e liderou o Banco Central durante os dois governos de Lula, entre 2003 e 2011. Também foi deputado federal por Goiás. Mais recentemente, trabalhou três anos como secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, indicado pelo ex-governador João Doria (PSDB).

Em entrevista ao Portal do Bitcoin, Meirelles revelou os bastidores de sua contratação e falou sobre os planos de atuação junto à corretora no Brasil, especialmente sobre o que chama de “nosso diálogo com o Banco Central” – embora afirme que ainda precisa estudar o Projeto de Lei que regula as criptomoedas no Brasil, atualmente aguardando votação na Câmara dos Deputados, para avaliar como fazer propostas mais concretas.

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