Ben Chow, cofundador da Meteora — a plataforma baseada na Solana por trás dos controversos lançamentos dos tokens Trump e Melania — renunciou após alegações de negociações com informações privilegiadas surgirem com o colapso do token LIBRA. Essa criptomoeda, inicialmente apoiada pelo presidente argentino Javier Milei, teve uma queda de mais de 90% em poucas horas após seu lançamento.
Meow, o cofundador pseudônimo tanto da Meteora quanto da exchange Jupiter, confirmou no X na segunda-feira (17) que a renúncia de Ben ocorreu devido à sua falta de discernimento como líder de projeto nos últimos meses.
O colapso do token LIBRA intensificou as acusações de negociações internas, com analistas on-chain apontando para atividades suspeitas de carteiras e o possível envolvimento de insiders que venderam tokens no pico do preço do ativo.
Em meio às alegações, plataformas como a Meteora, que forneceu suporte técnico para o lançamento do token, foram envolvidas na polêmica.
Com a empresa agora buscando uma nova liderança, a saída de Chow levantou questões sobre a ética em lançamentos de tokens de alto perfil e seu impacto no mercado de criptomoedas.
Diante das acusações, Meow esclareceu a posição de suas empresas, destacando que nem a Jupiter nem a Meteora estavam envolvidas em negociações com informações privilegiadas ou má conduta financeira.
A Jupiter reconheceu anteriormente que o lançamento de uma “Argentina Coin” era um “segredo aberto” dentro dos círculos de memecoins, mas afirmou que ninguém na empresa sabia dos detalhes com antecedência.
A Meteora, segundo relatos, operava independentemente da Jupiter há mais de um ano, com Ben administrando a empresa sem envolvimento significativo de Meow.
Chow ainda não divulgou um comunicado oficial, mas abordou a polêmica anteriormente na rede X, oferecendo sua versão dos fatos.
Em uma série de publicações no X no sábado (15), ele explicou inicialmente que o envolvimento da Meteora no lançamento do LIBRA foi limitado ao fornecimento de suporte técnico.
“A equipe do $LIBRA usou a Meteora, que é uma plataforma sem permissão”, disse no X o cofundador da Meteora. “Nunca tivemos acesso aos tokens ou a Milei.”
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Ele esclareceu que a Meteora não teve participação na tomada de decisões sobre o lançamento ou em atividades de criação de mercado, já que a plataforma permite que qualquer pessoa crie pools e tokens sem envolvimento direto da equipe da Meteora.
No entanto, posteriormente, Ben voltou atrás em seu tweet inicial, reconhecendo que surgiram questões sobre o papel da Meteora no lançamento do LIBRA e de outros tokens.
Chow explicou sua relação com Hayden Davis, da Kelsier Ventures, que esteve envolvido no lançamento das memecoins LIBRA, TRUMP e MELANIA.
“Eu indiquei [Hayden Davis] para alguns outros projetos que haviam nos consultado sobre empresas de implantação, incluindo a equipe por trás do $MELANIA”, escreveu Ben.
Ele afirmou que indicou a Kelsier Ventures para outros projetos e que seu relacionamento foi construído com base na confiança mútua desenvolvida durante o lançamento bem-sucedido do token M3M3, em dezembro.
Em resposta à reação da comunidade, Meow anunciou planos para uma investigação independente de terceiros. Eles estão buscando contratar o escritório de advocacia Fenwick & West, com sede na Califórnia, para lidar com as alegações e promover transparência.
A renúncia de Chow gerou reações mistas, com algum apoio de figuras como Kash Dhandha, membro fundador da Super Team DAO e “Cat Herder” da Jupiter, que o defendeu como uma vítima de “erros estratégicos” em vez de má conduta.
O LIBRA viu sua capitalização de mercado disparar para US$ 4 bilhões antes de despencar 91%, alimentando suspeitas de manipulação de mercado.
As consequências do LIBRA continuam a afetar Milei, que agora enfrenta pedidos de impeachment e ações judiciais que o acusam de fraude devido à sua promoção do token.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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