Clientes da Binary Bit cercam casa de fundador da empresa na Bahia para cobrar investimentos

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Rodrigo Toro é um dos fundadores da empresa (Foto: Reprodução/Youtube)

Mais uma empresa que prometia rendimentos milagrosos com operações de critpomoedas naufragou após ser notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Agora foi a vez da Binary Bit, cujo presidente teve a casa cercada na noite de quarta-feira (23) em Salvador, na Bahia, por clientes insatisfeitos. As informações são do site Bnews.

Conforme a reportagem, os manifestantes se mobilizaram em frente ao condomínio Greenville, na capital baiana, onde mora um dos fundadores do esquema Rodrigo Toro. O objetivo era tentar receber o dinheiro de volta.

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Cerca de 50 pessoas foram ao local e a Polícia Militar também foi convocada. Tudo indica que Toro não está mais no local. Como é comum nesse tipo de pirâmide financeira, a Binary Bit prometia ganhos de 1.5% ao dia — o que superava 300% ao ano.

Protesto de investidores do BinaryBit em frente ao Greenville

Pressionado, Toro gravou um vídeo na quarta no qual afirmou que os clientes seriam pagos em BinaryEx. As explicações do sistema são confusas, mas a promessa é que os clientes poderiam pagar contas e boletos por meio dessa nova plataforma.

O recurso é comum nesse tipo de esquema: na prática impede que os clientes tenham acesso direto ao dinheiro que acreditaram ter investido e ficam com acesso a apenas um número dentro de uma plataforma controlada pela empresa que já quebrou a confiança do cliente uma vez.

Em nota, a Abranetwork, associação a qual pertence a Binary Bit, acompanhada da 18kRonaldinho, Credminer, DD Corporation, entre outras, disse que a empresa deveria apresentar um plano de pagamentos o quanto antes, além de garantias dos valores devidos.

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Mentira da Binary Bit

No final de julho, a CVM notificou a Binary Bit por afirmar que a empresa estava usando de maneira irregular o nome da autarquia que regula o mercado de capitais no Brasil.

Segundo o órgão regulador, a Binary Bit vinha se promovendo com o uso indevido do seu nome e do seu superintendente, Alexandre Pinheiro dos Santos, “com a finalidade de transmitir aparência de credibilidade para possível esquema de fraude”.

Na tentativa de passar mais credibilidade, a empresa suspeita de pirâmide financeira usou a imagem da empresária e apresentadora do Shark Tank Brasil, Camila Farani, nas redes sociais.

Na época, a assessoria de imprensa de Farani disse que a apresentadora chegou a negociar um contrato com a Binary Bit mas a participação foi cancelada “após constatado o distanciamento de valores para com a empresa e convenção”.


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