Imagem da matéria: Ciro Gomes e Guilherme Boulos usam Blockchain para arrecadar doações de campanha
(Foto: Murilo Silva/CAPOL)

A Blockchain atraiu mais dois candidatos à presidência para receber doações de campanha. Depois de Marina Silva (Rede) ter utilizado o Voto Legal como aliada em sua pré-candidatura, eis que a plataforma digital agora tem sido utilizada por Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT).

Tanto Boulos quanto Ciro resolveram apostar no financiamento coletivo do Voto Legal após a candidatura oficial. As metas, entretanto, são bem diferentes entre si.

Publicidade

O candidato do PDT estabeleceu desde o início que arrecadaria R$ 300 mil para difundir as suas ideias nas redes sociais. Contudo, ele já havia alcançado esse meta e resolveu ampliá-la para R$ 500 mil.

Até quarta-feira (03), ele havia arrecadado quase R$ 350 mil, ou seja, 70% do valor do total. Pelo menos 3.889 doações foram realizadas — lembrando que é possível conferir no sistema quem fez a doação.

Já Boulos usou outra estratégia. O candidato do PSOL preferiu apontar seis metas para fins de arrecadação. E, em cada meta estabelecida, o candidato pelo PSOL não poupou provocações aos seus adversários políticos.

Ele está agora na quinta meta estabelecida que é de levantar o valor de R$ 120 mil para “a realização do último comício do primeiro turno no Rio de Janeiro”. Até quarta-feira (03), ele havia arrecadado um pouco mais de R$ 113 mil, ou seja, 99% da quinta meta. Foram realizadas 1.517 doações.

Publicidade

Metas provocativas

Na primeira delas, foi estabelecido levantar o valor de R$ 28 mil, que segundo o candidato, será usada para viabilizar “a estrutura de comícios, como palco, iluminação, som e montagem”.

Guilherme Boulos diz que esse valor “representa 2% do patrimônio declarado do picolé de chuchu, que trata professores na base da porrada apesar de ter a fama de ‘Santo’”. O termo “picolé de chuchu” seria uma referência ao apelido dado ao Geraldo Alckmin (PSDB) pelo colunista José Simão da Folha de São Paulo.

A segunda meta era de levantar o montante de R$ 44 mil para “a produção de novos materiais de campanha como panfletos e adesivos”. Boulos aproveita para dar uma alfinetada em Jair Bolsonaro (PSL). Ele afirma que:

“Esse valor representa 2% do patrimônio declarado daquele que em 20 anos como deputado só aprovou 2 projetos, mas conseguiu adquirir 5 imóveis sendo que para um deles contratou a caseira como sendo funcionária da Câmara Federal.”

Publicidade

Ao tratar da terceira meta, a qual seria a de arrecadar R$ 60 mil para viabilizar “mais dois comícios e viagens pelo país levando nossas propostas”, Boulos não poupa Álvaro Dias e afirma que o “valor é 2% do patrimônio declarado” pelo candidato do PODEMOS, que Boulos se refere como aquele “que acha que pode refundar a República”.

Num tom jocoso, o candidato pelo PSOL diz que o “primeiro nome começa com A e o último com D” e que Álvaro Dias ainda “apoiou todas as medidas que retiraram direitos do povo brasileiro e foi um dos patrocinadores do golpe”.

Na quarta meta, o alvo foi Henrique Meirelles (MDB). Guilherme Boulos diz que teria de arrecadar R$ 94 mil para viabilizar suas “atividades pelo Brasil, especialmente os comícios de Salvador e Fortaleza” com o intuito de levar as pessoas “a ideia de que não é o povo que tem que servir à economia, mas sim a economia que tem que servir ao povo”.

Nisso, entretanto, ele aproveita para afirmar que o valor é “somente 0,025% do patrimônio” do Meirelles, que ele acusa de ter feito “fortuna no mercado financeiro” e querer “transformar o Brasil numa agência bancária dos grandes grupos internacionais”.

O candidato agora está com sua quinta meta em andamento a qual é de arrecadar R$120 mil. Ele diz que com esse valor vai levar o “debate contra o fascismo para uma cidade onde Bolsonaro tem 35% da intenção de votos”.

Publicidade

Vaquinha na blockchain

Diferentemente dos dois candidatos, Marina Silva (Rede) já havia aderido ao uso da plataforma de arrecadação digital Voto legal durante a pré-candidatura. Ela foi a única candidata à presidência naquele período a utilizar o crowdfunding (vaquinha virtual) que funciona pela Blockchain do Decred.

O Voto Legal, uma iniciativa do AppCívico, começou a ser utilizado nas eleições de 2016 e naquele tempo contou com 130 candidatos.


Procurando o melhor lugar para fazer seus trades?

A Huobi, exchange líder em ativos digitais, chegou ao Brasil! Crie sua conta em menos de 1 minuto. Plataforma em português, mais de 150 altcoins, taxa de apenas 0,20%, liquidez e muita segurança, acesse: https://www.huobi.com/

VOCÊ PODE GOSTAR
moeda de bitcoin com bandeira do brasil ao fundo (1)

Fundos de criptomoedas do Brasil captaram R$ 1,4 bilhão em 2024

Em 2024, o Brasil se consolidou como o terceiro país no mundo com os maiores investimentos em fundos de ativos digitais
Ilustração de correntes ilustradas com pequenos zeros e uns

Agência do governo dos EUA questionou bancos que usam blockchains públicas como Ethereum

O regulador bancário FDIC desencorajou um banco membro de usar uma blockchain pública, de acordo com documentos obtidos pela Coinbase
criptomoedas, criptoativos, regulação, Brasil, projeto de lei

Fundos de criptomoedas do Brasil captaram R$ 133 milhões na última semana

Resultado geral dos fundos de criptomoedas é fraco, mas já é melhor do que primeira semana do ano, que registrou déficit de US$ 63 milhões 
Jovem estende a mão para hologramas de smartphone e figuras geométricas em tons azuis e roxo de azul

Tokenização sob a perspectiva do BIS e do Banco Central do Brasil | Opinião

Camila Cavaton destaca as recentes discussões feitas sobre tokenização pelo BIS e BCB