Imagem da matéria: Cboe retira proposta do ETF de Bitcoin; Paralisação do governo americano afetou, disseram advogados
(Foto: Shutterstock)

A Cboe desistiu de seu ETF Bitcoin junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). De acordo como uma publicação da Agência nesta quarta-feira (23), o pedido de retirada de proposta da Cboe BZX Exchange, subsidiária da Cboe Global Markets, foi realizado no dia anterior (22).

A empresa havia registrado seu pedido em junho do ano passado. Ela pretendia rastrear e operar bitcoins como fundos de índices comercializados como ações (da sigla ETF para Exchange Traded Funds).

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Isto aconteceria por meio das parceiras VanEck e SolidX, empresas do setor de gestão de investimentos e de tecnologia blockchain, respectivamente.

Embora o comunicado em si não forneça uma razão para a desistência, alguns advogados de valores mobiliários especularam que um dos motivos seria supostamente a paralisação do governo dos EUA em curso, pois nenhum funcionário da SEC teria como analisar os documentos.

Gabor Gurbacs, diretor da VanEck, disse que o pedido “foi temporariamente retirado”.

Em um email enviado à Coindesk ele explicou:

“Estamos trabalhando ativamente com os reguladores e os principais participantes do mercado para criar estruturas adequadas para um ETF de Bitcoin e ativos digitais em geral”.

À CNBC, o CEO da empresa, Jan van Eck, disse que a proposta foi retirada e que será apresentada em uma data posterior após novas reuniões com a SEC.

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Segundo ele, haverá discussões para tratarem de assuntos a respeito de bitcoin, custódia e outros pontos relevantes do mercado de criptomoedas, como preço e manipulação.

Desistência não afetou mercado

A retirada da proposta da Cboe não prejudicou o mercado de criptomoedas. 12 horas depois da notícia o preço do Bitcoin permaneceu estável em US$ 3.500.

O fato é que esse ETF era um dos mais esperadas por investidores e pela comunidade de criptomoedas. A queda nos preços, o que era esperado principalmente por analistas, não aconteceu.

“Se o mercado não reagiu é porque ninguém mais se importa com isso ou os principais players não se atentaram às notícias”, disse à CCN, o economista e analista de criptomoedas, Alex Krüger.

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Ele também ressaltou que retirada do ETF pode representar um impacto positivo na criptoeconomia, considerando que a probabilidade de aprovação na SEC é bem baixa.

De acordo com Krüger, se a proposta seguisse e fosse reprovada em 27 de fevereiro poderia haver uma grande comoção.

Enquanto Cboe desiste, Bitwise persiste

Depois de ter o primeiro pedido de ETF de Bitcoin rejeitado, a Bitwise, empresa que gerencia fundos no mercado de criptomoedas, registrou uma nova solicitação na SEC no dia 10 deste mês.

Desta vez, o novo ETF para rastrear bitcoin da gestora foi apresentado de forma mais robusta, segundo a empresa, pois o novo produto será listado na NYSE Arca, exchange subsidiária da Intercontinental Exchange.

Sendo assim, o novo produto vai acompanhar o índice BTC da bolsa.

A empresa acredita que agora, após quase um ano de pesquisa aprofundada, pode fornecer à SEC o tipo de informação e dados que a Agência indicou ter faltado na última análise.

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A gestora diz que nesta oportunidade não deixará dúvidas à Agência em relação a seu plano de prevenção a manipulação de mercado, assim como promover preços justos e liquidez.


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