Braiscompany: Antônio Neto Ais vira “persona non grata” em Campina Grande

O prefeito da cidade paraibana sancionou uma lei que revoga o título de cidadão campinense do criador da Braiscompany e o torna persona non grata no município
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Antônio Neto Ais, criador da Braiscompany (Reprodução/Instagram)

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), sancionou uma lei que torna o criador da Braiscompany, Antônio Neto Ais, persona non grata no município paraibano, em decorrência do golpe com criptomoedas que lesou milhares de pessoas na cidade e em todo o Brasil.

Persona non grata é uma expressão em latim utilizada para indicar alguém que não agrada ou não é bem-vindo; neste caso, Ais é oficialmente malquisto em Campina Grande.

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Conforme apurou o site ClickPB, a decisão, que já foi publicada no Diário Oficial de Campina Grande, revoga a lei nº 8496 de 19 de setembro 2022 e cria outras providências através da lei 8.708. Nela, é revogado o título de cidadão campinense concedido a Antônio Neto Ais em 2022.

O advogado Artêmio Picanço, especialista em atender vítimas de fraudes com criptomoedas, comentou a decisão em um post no Instagram.

“Oficialmente TOIN se torna persona non grata. Parabéns a iniciativa dos campinenses, não vi nenhum outro caso dar esse tipo de tratamento aos golpistas”, escreveu.

(Reprodução)

O impacto da Braiscompany em Campina Grande

Na cidade, a Braiscompany chegou a patrocinar um dos maiores eventos juninos do país, o São João de Campina Grande.A partir da enorme divulgação proporcionada durante o evento, milhares de pessoas resolveram investir no negócio fraudulento de Antônio Neto Ais.

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A Braiscompany, que era comandada por Ais e sua esposa Fabrícia Campos, oferecia rendimentos fora da realidade do mercado financeiro.

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Segundo a Polícia Federal, no momento em que a Braiscompany foi derrubada em fevereiro deste ano, o negócio tinha cerca de 18 mil clientes e controlava mais de R$ 1 bilhão em criptomoedas.

A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba já acatou uma denúncia do Ministério Público Federal na ação penal contra os sócios da Braiscompany. Na denúncia, além do casal Ais, o MPF cita 11 pessoas ligadas ao esquema. Atualmente, o casal de criadores da Braiscompany são foragidos da Polícia Federal.