Imagem da matéria: Bitcoins são os novos diamantes de sangue, acredita jurista português
Foto: Shutterstock

Qual é a diferença entre bitcoins e diamantes de sangue? Essa é a pergunta que abre o artigo do advogado João Ascenso, publicado na sexta-feira (12) no jornal Observador, de Portugal. Para o jurista, que já foi assistente e palestrante na Universidade de Lisboa, a criptomoeda está “envenenada” e deveria ser proibida porque é bastante utilizada por criminosos.

“A questão do anonimato permite que a (rede) Bitcoin seja um instrumento privilegiado para transações ilegais e criminosas, das quais destaco o financiamento do terrorismo e os pagamentos de serviços transacionados na Dark Web, que, como se sabe, é onde operam as redes de pedofilia, tráfico de pessoas, tudo o que possam e tudo o que não conseguem imaginar”, escreveu.

Publicidade

Além do anonimato, outros problemas do ativo digital, segundo o jurista, são a descentralização da rede Bitcoin e a falta de controle do governo, aspectos que fazem com que a criptomoeda esteja fora do radar da lei e não seja sujeita aos mesmos mecanismos de valorização ou desvalorização das moedas fiduciárias:

“Não podemos aceitar que exista um meio generalizado de pagamento fora do Estado, que ninguém controla”.

Advogado critica Tesla

No artigo, o advogado também criticou o fato de empresas de capital aberto, como a Tesla, investirem na criptomoeda. Para ele, ao adquirir BTC as companhias passam a funcionar numa espécie de “sociedade paralela” sem regras.

“E esses problemas são particularmente graves quando envolvem uma empresa com a dimensão e projeção da Tesla, que, ainda por cima, é uma empresa cotada e obrigada, por isso, a especiais deveres de transparência e prestação de informações”, falou.

O advogado ainda falou que, assim como o bitcoin valorizou significativamente com o investimento de 1,5 bilhão da Tesla, o valor da moeda também subirá quando terroristas, pedófilos e outros criminosos comprarem.

Publicidade

Apesar de o autor defender que o bitcoin é somente utilizado para atividades ilícitas, estudo da Chainalysis publicado no mês passado mostra que apenas 0,34% das transações com criptoativos em 2020 estavam ligadas a atividades criminosas. Em 2019, o percentual era de 2,1%.

Opinião gera críticas dos leitores

O espaço de comentários do jornal foi consumido por críticas sobre o artigo. “Tanto palavreado e não se aproveita uma. Isso é só demagogia barata. Basicamente como o senhor não investiu, não percebe o movimento ou não sabe como, quer banir algo”, escreveu um leito chamado Joana Morais.

“Mas como é que um jornal que se quer sério aceita que pessoas escrevam sobre o que não sabem? É inaceitável a quantidade de asneira e erros que este ‘artigo’ tem”, disse o leitor Paulo Bastão.

Já o internauta Eduardo Alves usou da ironia para comentar o texto do advogado. “Caríssimo autor, ainda bem que os criminosos não usam Euro, US Dollar, Franco Suíço, pedras preciosas, arte, carros, barcos, aviões, festivais de verão, filmes, a corrupção da classe politica, a construção, o imobiliário, e, tudo o que tenha valor para eles colocarem a mão em cima (do dinheiro). Ficamos esclarecidos com o seu artigo de opinião”.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: 2 métricas apontam que Bitcoin deve atingir novo recorde ainda neste ciclo

2 métricas apontam que Bitcoin deve atingir novo recorde ainda neste ciclo

Posse de Bitcoin pelos detentores de curto prazo e a média móvel do preço de 200 semanas mostram que ativo pode buscar novas máximas
bitcoin

Manhã Cripto: Bitcoin abre semana em queda em meio a polêmica da memecoin de Milei

No domingo, Milei foi alvo de acusações de fraude pela promoção da criptomoeda LIBRA
CEO da corretora de criptomoedas Coinbase, Brian Armstrong, participa de palestra

Coinbase mira USDT da Tether com meta de expandir o USDC em US$ 86 bi

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, disse na quinta-feira (13) que o…
graficod e preço todo em vermelho

Memecoin da República Centro-Africana desaba mais de 93% em 3 dias

Após rumores negativos sobre o projeto, o presidente Faustin-Archange Touadéra negou que tenha sido hackeado ou alvo de deepfake