Imagem da matéria: Bitcoins ligados a CEO de corretora que morreu e virou filme do Netflix voltam a se mover
capa do documentário da Netflix “Trust No One” sobre a QuadrigaCX (Imagem: Reprodução/Netflix)

Os mistérios que rondam a corretora de criptomoedas QuadrigaCX ganharam um novo capítulo essa semana com uma atividade inesperada em cinco carteiras de bitcoin que apenas Gerald Cotten, o fundador da exchange, tinha acesso — o que não seria um problema se ele não estivesse morto desde 2018.

As transações foram rastreadas por ZachXBT, um detetive cripto que já provou inúmeras vezes ter capacidade de vasculhar a blockchain para desvendar mistérios.

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De acordo com ele, cinco carteiras atribuídas à QuadrigaCX movimentaram no último sábado (17) cerca de 104 BTC, equivalente a US$ 1,7 milhão na atual cotação da criptomoeda.

Quando Cotten faleceu de forma misteriosa em uma viagem à Índia, todos os clientes da QuadrigaCX ficaram com suas criptomoedas presas na corretora porque apenas o executivo tinha acesso às chaves privadas que davam acesso aos fundos. Ou era o que se pensava.

Na verdade, com o tempo, se descobriu que as criptomoedas já não estavam mais na plataforma, pois tinha sido usadas para cobrir furos em trades mal-feitos pelo executivo.

A estranheza da história levou muitos investidores a acharem que a morte foi forjada e a história virou até mesmo um documentário da Netflix, lançado no início do ano.

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A desconfiança de que Gerald Cotten poderia estar vivo ganhou uma nova força com reservas de bitcoin que supostamente apenas ele controlava, voltando a se mover na blockchain no final de semana. 

A ressurreição de Gerald Cotten?

ZachXBT conseguiu identificar que as carteiras em questão estão vinculadas à corretora canadense com base em um artigo de 2019 do Coindesk, que compartilhou os endereços publicados pela primeira vez por um usuário do Reddit chamado dekoze.

O post dele compilou o trabalho de investidores e analistas de blockchain que rastrearam os fundos da QuadrigaCX e que chegaram à conclusão que os cinco endereços de bitcoin em questão faziam parte das cold wallets que a corretora usava para guardar criptomoedas.

A descoberta dessas carteiras aconteceu numa época em que a equipe da QuadrigaCX alegava não conseguir mover nenhum fundo da plataforma após a morte de Gerald Cotten. 

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O curioso é que o bitcoin foi enviado para essas cinco carteiras três meses após o falecimento do executivo pela equipe restante da QuadrigaCX.

Na época, a QuadrigaCX disse que em tribunal que não conseguiu mais recuperar esse bitcoin porque apenas o falecido criador da corretora tinha acesso às carteiras de destino.

O mistério permanece sobre quem moveu esse bitcoin no final de semana: o “fantasma” de Gerald Cotten ou um funcionário da QuadrigaCX que originalmente enviou o bitcoin para esse endereço e mentiu sobre não ter mais acesso aos fundos.

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