Bitcoin segue em forte tendência de alta e, em menos de dois dias, valorizou quase 20%, ultrapassando as marcas de US$ 30 mil, US$ 31 mil, US$ 32 mil, US$ 33 mil e US$ 34 mil, batendo US$ 34.873 às 4h45 neste domingo (03) . No Brasil, a criptomoeda já é negociada acima dos R$ 180 mil.
Tanto em dólar quanto em real o bitcoin registra hoje novas máximas históricas.
Em dólar, o bitcoin fechou 2020 com 290% de valorização acumulada. Em real, os ganhos foram ainda maiores, de 420%, impulsionado pela desvalorização da moeda brasileira.
Acompanhando o bitcoin, as principais criptomoedas também operam em forte alta. Ethereum valorizou 12,74% no dia, negociada a US$ 824. Litecoin sobe 19,9% cotada a US$ 150. Bitcoin Cash e Cardano valorizam 13,6% e 12,2% respectivamente.
O que explica a forte valorização do bitcoin
2020 foi um ano movido pelo capital institucional entrando no mercado de bitcoin. O bonde foi puxado pela MicroStrategy, empresa de bussiness inteligence listada na bolsa de valores americana. Em setembro, o CEO da empresa, Michael Saylor, anunciou a compra de US$ 425 milhões em BTC. Nos meses seguintes, ele seguiu comprando e já acumula mais de US$ 1,1 bilhão (que atualmente viraram US$ 1,8 bi).
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A seguradora americana MassMutual foi outra que investiu US$ 100 milhões em bitcoin. O CEO do Twitter também comprou US$ 50 milhões em bitcoin através da Square, empresa de pagamentos na qual é cofundador.
Essa tendência está sendo seguida por diversos grandes players do mercado tradicional, que estão vendo o bitcoin como uma reserva de valor e hedge contra o dinheiro fiduciário.
A entrada dos investidores institucionais é sem dúvida o principal motivo para a disparada do bitcoin. No bull run anterior, em 2017, a valorização da criptomoeda foi sustentada pelo varejo, sobretudo por pequenos investidores da Ásia.
Além disso, a Tether também superou a marca de US$ 20 bilhões em valor de mercado, o que é visto como uma métrica de novo dinheiro fiduciário entrando no mercado de criptomoedas.
Movimento agora é de popularização até mesmo de serviços — em novembro a gigante PayPal passou a permitir que seus clientes negociassem bitcoin.