O bitcoin ultrapassou a barreira dos US$ 40 mil nesta segunda-feira (14) depois de 18 dias cotado abaixo dessa marca. Nas últimas 24 horas, o BTC valorizou 13,7% e agora é negociado a US$ 40.800, segundo os dados do CoinGecko.
Um dos fatores que ajudaram a criptomoeda líder do mercado a valorizar foi uma declaração de ontem (13) do Elon Musk. O empresário afirmou no Twitter que a Tesla, sua fabricante de carros elétricos, voltará a aceitar bitcoin como forma de pagamento quando 50% da mineração for feita com energia renovável.
A promessa do bilionário foi o empurrão que o ativo precisava para superar a resistência e dar continuidade à recuperação da semana passada, quando os preços voltaram a subir com o anúncio de que El Salvador tornaria o bitcoin uma moeda de curso legal.
O Elon Musk, vale lembrar, foi um dos causadores da fase de baixa do bitcoin que se intensificou no mês passado e fez a criptomoeda ter o seu pior maio da história.
A última vez que a BTC alcançou os US$ 40 mil foi durante um breve momento de alta no dia 27 de maio, mas logo os preços voltaram a cair e a cotação permaneceu abaixo dessa marca até então.
A valorização de hoje diminui um pouco a distância do bitcoin da sua máxima histórica de US$ 64.860. Para chegar lá novamente, o preço do BTC precisa crescer mais 37%.
Dificuldade de mineração
A dificuldade de mineração do bitcoin sofreu um ajuste negativo de 5,3% no domingo (13) e caiu para 19,8 trilhões, o nível mais baixo do ano segundo os dados do BTC.com. No começo de janeiro, o BTC mostrava um nível parecido de dificuldade, resultado do último ajuste de 2020. No entanto, a dificuldade se tornou cada vez mais alta no decorrer do ano, atingindo um pico no início de maio.
Esse movimento foi interrompido depois que os mineradores precisaram remanejar suas atividades à medida que o governo chinês passou a reprimir à mineração no país.
A China, vale lembrar, é responsável por cerca de 65% de toda a mineração de bitcoin, mas essa dominância pode estar ameaçada. Na última semana, três províncias onde atuam um grande número de mineradores proibiram a atividade, o que fez cair o hashrate do BTC e, consequentemente, a dificuldade da mineração.
O ajuste da dificuldade é um mecanismo que garante que o ecossistema do bitcoin continue funcionando independente de quantos validadores dedicam poder computacional para a blockchain. Quando há uma queda no número de mineradores, também cai a dificuldade dos problemas matemáticos que devem ser resolvidos para adicionar um bloco à rede.
O próximo ajuste está previsto para acontecer no dia 28 de junho e, segundo uma estimativa do BTC.com com base no atual hashrate do bitcoin, a dificuldade deve cair mais 5,47% no futuro.