Com o Bitcoin (BTC) em queda, a maior criptomoeda do mundo se aproxima da chamada “Cruz da Morte”, um sinal técnico que sugere possíveis quedas adicionais no mercado.
A cruz da morte é um padrão gráfico registrado quando a média móvel de um período curto de um ativo (50 dias, no caso do Bitcoin) cai abaixo de sua média móvel mais longa (200 dias).
Isso costuma ser interpretado como um sinal de que esse ativo entrará em uma tendência de baixa, ou bear market. Vale ressaltar, no entanto, que nem sempre essa tendência se concretiza.
Mas se o movimento se confirmar, não será a primeira vez. O Bitcoin já atingiu a cruz da morte várias vezes em sua história. Apesar de poucas vezes, em cinco ocasiões a criptomoeda atingiu um valor ainda mais baixo um ano depois do sinal, mostram análises anteriores.
No gráfico de preços do Bitcoin da TradingView compartilhado pelo Criptonoticias, pode-se ver o SMA-50 em verde e o SMA-200 em vermelho.
Atualmente, o SMA-50 está em US$ 87.700 e o SMA-200 está em US$ 86.400. Enquanto isso, o Bitcoin está sendo negociado em torno de US$ 83 mil, uma queda de 24% em relação à máxima histórica de US$ 109 mil alcançada há dois meses.
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Essas médias móveis vêm se aproximando desde que o BTC recuou de seu novo preço máximo histórico. A proximidade entre essas linhas sugere que, se o preço continuar em uma fase de retração, uma cruz da morte poderá ocorrer, comenta a publicação.
A cruz da morte sinaliza fraqueza no mercado e possíveis quedas, tornando seu monitoramento essencial para analistas técnicos preverem movimentos futuros.
Essa configuração é o oposto da “cruz dourada”, um sinal de alta que ocorre quando a SMA de 50 cruza acima da de 200, indicando fortalecimento do preço. A última cruz dourada ocorreu em outubro passado, antes de uma alta de 40%, quando o Bitcoin rompeu sua tendência lateral e subiu de US$ 73 mil para mais de US$ 100 mil.
A última cruz da morte não previu grandes quedas para o Bitcoin. Após o evento em agosto, o BTC manteve-se lateralizado, indicando fraqueza, mas sem declínios acentuados. Isso contrasta com a cruz da morte de 2022, que precedeu um forte movimento de baixa e um longo inverno cripto.
Indicadores técnicos, como a cruz da morte e a cruz dourada, não são infalíveis, mas ajudam a avaliar a força ou fraqueza do mercado. Além disso, fatores externos, como novas tarifas dos EUA e temores de recessão, têm impactado tanto o Bitcoin quanto os mercados de ações, enquanto o ouro se valoriza diante da incerteza, conclui a análise.
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