Homem no meio de uma chuva de dinheiro
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Em momentos de crise e instabilidade econômica, o investidor de criptomoedas precisa, acima de tudo, aprender a se defender. Isso não significa abrir mão de oportunidades de lucro — mas, como destaca Pedro Fontes, analista de criptoativos do MB | Mercado Bitcoin, é preciso reconhecer que acertar a mão em estratégias lucrativas em tempos turbulentos é raro e a prioridade deve ser proteger o portfólio.

A primeira linha de defesa: Bitcoin, stablecoins e ouro tokenizado

A melhor forma de enfrentar períodos conturbados é com uma postura defensiva. Para isso, Fontes recomenda manter uma exposição maior em Bitcoin, fazer algum nível de caixa com stablecoins e, se possível, adicionar uma fatia em ouro tokenizado.

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“No mercado de criptomoedas, é possível montar uma estratégia defensiva com stablecoins, Bitcoin e ouro. Essa combinação ajuda a blindar o portfólio contra choques mais bruscos”, explicou o analista ao Portal do Bitcoin.

Fontes destaca que o mais importante em qualquer crise é entender qual é a fonte da instabilidade. No cenário atual, por exemplo, grande parte da tensão vem das tarifas comerciais — especialmente em relação à postura do presidente dos EUA, Donald Trump.

“Sempre que houver anúncios ligados a esse tema, é hora de adotar uma postura mais conservadora, com foco em Bitcoin e ouro”, afirma.

Bitcoin e criptomoedas

Durante a crise, acompanhar o movimento do Bitcoin é fundamental. A dominância da principal criptomoeda do mercado serve como termômetro para identificar momentos de alívio ou tensão.

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Se o Bitcoin começa a cair e sua dominância também recua, isso pode indicar que o mercado está ganhando confiança — e que as altcoins podem performar melhor. Nesse caso, reentrar em ativos como Ethereum e Solana pode ser uma boa jogada.

“Já no momento em que houve uma alívio nessa fonte de tensão, como foi no caso do presidente Trump de voltar a tarifar os países em 10% por 90 dias, exceto a China, você teve um alívio, e isso se refletiu em uma queda da dominância do Bitcoin e as altcoins performaram melhor. Então seria uma boa hora para ter comprado”, explica.

Estratégias para curto e longo prazo

O analista afirma que para quem opera no curtíssimo prazo, a dica é ficar de olho nas fontes de tensão e nas variações de dominância do Bitcoin. Já quem tem uma abordagem mais de longo prazo deve esperar por mudanças mais estruturais, como uma definição sobre tarifas ou acordos comerciais.

“O investidor que não consegue acompanhar o mercado diariamente deve manter uma postura mais passiva e defensiva. A hora de voltar a se expor a altcoins será quando houver sinais claros de melhora no cenário macroeconômico”, orienta Fontes.

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Isso, obviamente, é pensando em reações mais rápidas para lucrar em meio a instabilidades. Agora, de forma geral, o mais importante é se defender nesse período instável e realocar mais em altcoins à medida em que tenha alguma notícia positiva que muda muito essa fonte de instabilidade, como por exemplo, a confirmação que as tarifas vão ser menores ou que os países conseguiram negociar com Trump.

Em resumo, Pedro Fontes diz que lucros durante crises são possíveis, mas exigem leitura de mercado, disciplina e — principalmente — timing. Para a maioria dos investidores, a melhor estratégia nesses momentos é proteger o patrimônio com ativos mais resilientes e só assumir riscos maiores quando houver sinais claros de estabilidade. “O mais importante agora é blindar o portfólio”.

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