Imagem da matéria: Bitcoin registra maior ganho mensal em 4 anos ao subir 43% em fevereiro
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Operando acima de US$ 62 mil e cada vez mais próximo de sua máxima histórica, o Bitcoin (BTC) caminha para ter seu maior ganho mensal em quatro anos, impulsionado por uma onda de entrada de capital nos recentes ETFs à vista negociados nos Estados Unidos.

Na manhã desta quinta-feira (29), a maior criptomoeda do mundo era negociada na casa de US$ 62.370, uma queda de 0,5% no acumulado de 24 horas. Porém, na tarde de ontem, chegou a se aproximar dos US$ 64 mil, seu maior nível desde o fim de 2021.

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Em fevereiro, o BTC registra até o momento uma valorização de 43%, a maior alta mensal desde dezembro de 2020, quando subiu 46%, segundo dados do CoinGlass. Com esse rali, especialistas não descartam a possibilidade de o Bitcoin superar seu recorde de preço, de quase US$ 69 mil, nas próximas semanas.

Choque de demanda

Lançados oficialmente em 11 de janeiro, os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista trouxeram um grande otimismo para o mercado. E após algumas semanas de volatilidade, o BTC passou a ganhar grande força em fevereiro, aumentando as chances de quebrar sua máxima histórica antes mesmo do halving previsto para abril.

Nos últimos dias, os ETFs à vista voltaram a realizar grandes compras de BTC, levando o total controlado pelas nove gestoras que possuem o produto para mais de 300 mil bitcoins, o que equivale a US$ 17 bilhões, segundo dados da K33 Research.

Além disso, tem ocorrido um grande choque de demanda por conta dessa procura dos ETFs pela criptomoeda. “Embora 900 bitcoins sejam produzidos diariamente, os ETFs recém-criados nos EUA demandam 2.800 bitcoins por dia”, disse James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, ao The Block.

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“Isto levou a uma redução de 28% nas participações das exchanges desde 2020, indicando um mercado que atravessa um choque significativo na demanda”, completou o analista.

Enquanto isso, a empresa de dados Kaiko afirmou ontem que o volume de negociação à vista de BTC em exchanges centralizadas atingiu US$ 34,05 bilhões, o nível mais alto desde o colapso da FTX no fim de 2022.

Já segundo a Laevitas, o volume total de negociação de derivativos nas exchanges centralizadas (incluindo contratos perpétuos, futuros e opções) ultrapassou US$ 380 bilhões, o maior nível desde novembro de 2021. Além disso, nas últimas 24 horas, o volume de negociação de derivativos BTC ultrapassou US$ 182 bilhões.

O que se vê é um grande fluxo que passa tanto pelos investidores de varejo quanto os institucionais, o que dá mais força para o rali do Bitcoin. Segundo o chefe da Coinbase Global, a exchange estava lidando com um aumento no tráfego, enquanto dados da LSEG mostram que cerca de US$ 612 milhões fluíram para os maiores ETFs de Bitcoin à vista apenas na quarta-feira.

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Antecipando eventos

A alta do Bitcoin também ocorre antes de eventos que tendem a favorecer seu preço, mas que analistas não esperavam que fossem impactar os gráficos tão cedo. O principal deles é o halving, previsto para ocorrer em abril.

O halving é um processo que ocorre a cada quatro anos e que reduz a recompensa dos mineradores de BTC pela metade, o que, por consequência, faz um corte na oferta de novos ativos entrando no mercado. Neste próximo evento, a recompensa por bloco minerado cairá de 6,5 BTC para 3,125 BTC.

Além disso, o mercado já está atento para que em breve o Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, comece a cortar a taxa de juros no país. Esse tipo de movimento tira a atratividade de ativos considerados mais seguros, como Títulos do Tesouro, e tende a favorecer o investimento em risco, como ações e criptomoedas.

Impacto nas altcoins

O rali do Bitcoin também puxa o resto do mercado, fazendo com que apenas três das 100 maiores criptomoedas em valor de mercado registrem perdas em fevereiro.

Entre as maiores, o Ethereum (ETH) caminha para ganhos de cerca de 50% no mês, cotado atualmente um pouco abaixo de US$ 3.500. Tokens como BNB, Solana (SOL) e Dogecoin (DOGE) também devem encerrar esses 29 dias com valorizações acima de 30%.

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Entre as memecoins o mês também se mostrou bastante positivo, com a BONK subindo mais de 90%, a Dogwifhat (WIF) saltando 160% e a Pepecoin (PEPE) registrando ganhos na casa de 180%.

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