Depois do pânico dos primeiros dias de agosto, o Bitcoin (BTC) se recuperou na semana passada, chegando a superar novamente o nível de US$ 60 mil. Porém, neste fim de semana, a volatilidade voltou para a maior criptomoeda do mundo, que caiu abaixo de US$ 60 mil nesta segunda-feira (12), e agora pode enfrentar dificuldades para subir novamente.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o Bitcoin perdeu parte de sua força compradora, com o mercado atento a uma semana com indicadores macroeconômicos importantes.
Na terça-feira (13), será divulgada a inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, enquanto na quarta sai a inflação ao consumidor (CPI). “Esses eventos tendem a trazer mais volatilidade, já que os investidores especulam sobre os dados, antes de sua publicação”, explica Fernandes.
Vale destacar ainda outros dados que sairão esta semana. Na terça, o governo do Japão divulgará o índice de preços ao produtor (PPI) e a Austrália apresentará seu relatório de confiança do consumidor. Na quarta, o Reino Unido divulga o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho.
Olhando para o futuro do preço do BTC, na análise técnica, o gráfico diário do ativo viu um domingo novamente volátil, que fez o token abrir a semana abaixo dos US$ 60 mil. “Porém, em termos de estrutura, ainda podemos ver a criptomoeda operando dentro de um extenso canal lateral”, diz o analista.
“A linha horizontal e os semicírculos laranjas mostram uma resistência para o desenvolvimento de preços do BTC (imagem acima). Coincidentemente, este nível vai de encontro com a mediana da banda de Bollinger, tornando a região ainda mais fortalecida para empurrar os preços para baixo, caso a demanda compradora não se fortaleça”, avalia Fernandes.
Diante disso, os suportes para o Bitcoin seguem na região de US$ 50 a US$ 54 mil, mas com um novo detalhe, já que a linha inferior da banda de Bollinger também está se direcionando para essa área, sugerindo que este também é um nível importante de preços, segundo o analista.
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Por fim, ele reforça que o Índice de Força Relativa (RSI) formalizou uma espécie de fundo duplo, mas mantém sua tendência de baixa, conforme os compradores esvaziam suas posições. “Com isso, o mercado está mais sob controle dos bears do que dos bulls neste momento. Entretanto, dependendo dos dados macroeconômicos nos EUA, podemos ver um incentivo à compra”, conclui.
SUI chama atenção com forte alta
Nesta segunda-feira (12), enquanto o mercado de criptomoedas registrava, majoritariamente, quedas, um ativo chama atenção com ganhos de mais de 15% nas últimas 24 horas: Sui (SUI).
Segundo Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, a Sui já acumula ganhos de mais de 130% desde o dia 5 de agosto, movimento que fez com que o preço do ativo saísse de US$ 0,462 e atingisse a máxima de US$ 1,06.
A criptomoeda é o token nativo de uma plataforma de contrato inteligente sem necessidade de permissão que usa a linguagem de programação Move.
“Ao analisar o fluxo, é possível observar que a SUI está testando uma resistência na faixa de preço de US$ 1,06”, aponta a analista.
Segundo Mattos, se houver força compradora para romper a resistência, o próximo alvo de curto a médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 1,10 e US$ 1,24. Por outro lado, se entrar fluxo vendedor revertendo o movimento, haverá suporte nos US$ 0,918 e US$ 0,722.
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