O investidor americano Charlie Munger, de 97 anos, disse no sábado (1º) que o Bitcoin é nojento e contrário aos interesses da civilização, além de ser útil para criminosos.
A afirmação foi feita durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway, companhada sediada em Nebrasca, nos Estados Unidos, que tem o bilionário Warren Buffett – seu parceiro de negócios de longa data – como CEO.
“É claro que odeio o sucesso do Bitcoin e não gosto de uma moeda que seja útil para sequestradores e para criminosos que praticam extorsão”, disse Munger, que atua como vice-presidente da empresa.
“Também não gosto de simplesmente despejar bilhões e bilhões e bilhões de dólares extras para alguém que acabou de inventar um novo produto financeiro do nada”, completou ele.
No evento, Munger ainda falou que o desenvolvimento da criptomoeda, negociada acima dos US$ 56 mil hoje, segundo o CoinMarketCap, é “nojento e contrário aos interesses da civilização”.
Buffett, que no ano passado disse que não tem nenhum bitcoin e nunca vai ter uma criptomoeda, também foi questionado sobre o BTC.
Diferente de seu braço-direito, o investidor – conhecido como o grande “oráculo de Omaha” – preferiu não comentar nada sobre o ativo digital.
“Vou evitar essa pergunta porque provavelmente há centenas de milhares de pessoas detentoras de bitcoin que estão assistindo”, disse ele.
Comunidade enfurecida
Os ataques de Munger ao Bitcoin irritaram entusiastas do setor. Um deles foi como Alex Gladstein, diretor de estratégia da Human Rights Foundation (HRF), uma organização sem fins lucrativos que luta pelos direitos humanos.
“O Bitcoin pode ser contrário à ideia de civilização de Charlie Munger. Mas, para muitos menos privilegiados do que ele, um sistema financeiro neutro, de código aberto, sem permissão, resistente à censura/confisco e além do controle do governo é muito mais civilizado do que o status quo”, disse.
Já o youtuber Mark Moss, ao comentar o tweet de Gladstein, falou que Charlie Munger “é apenas um produto do mundo fiat e está completamente desligado dos problemas da maioria das pessoas ao redor do mundo”.