Bitcoin cai mas analistas ainda acreditam que preço vai chegar a US$ 150 mil este ano

A AllianceBernstein concorda com os analistas do Standard Chartered e acredita que o preço do BTC mais que dobrará nos próximos 18 meses
moeda de bitcoin em desenho de foguete decolando

Shutterstock

O Bitcoin pode estar atolado no marasmo depois de ter estabelecido sua máxima histórica de US$ 73 mil em março deste ano, mas isso não significa que o preço não possa dobrar até o final de 2025 — ou até antes.

Essa é a opinião dos analistas da empresa de investimentos AllianceBernstein, que disseram em um relatório na segunda-feira (6) que “se sentem ainda melhores” em relação à previsão de preço de US$ 150 mil para a maior criptomoeda do mercado.

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Os analistas de uma das principais empresas financeiras do mundo estabeleceram a marca de otimismo no ano passado. Apesar das condições atuais do mercado, eles veem uma longa corrida de alta à frente.

“Acreditamos que estamos apenas no primeiro quarto deste ciclo, e o mercado tem mais 15 a 18 meses antes de considerarmos que ele está no topo”, escreveram os analistas Gautam Chhugani e Mahika Sapra. 

E eles não são os únicos especialistas dizendo que os US$ 150 mil estão próximos.

O banco multinacional britânico Standard Chartered afirmou no mês passado que os ETFs continuarão a ser populares e incluídos em fundos macro mais amplos, o que fará com que o preço da criptomoeda dispare para US$ 150 mil até o final deste ano. 

O impacto dos ETFs

Os analistas de ambas as empresas consideraram o lançamento em janeiro de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA como um fator importante.

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“Os emissores de ETFs continuam a fornecer feedback positivo de seus diálogos com gestores de ativos e, neste ciclo, vimos os melhores mecanismos de marketing institucional em ação (também conhecidos como BlackRock e Fidelity)”, escreveu a dupla da Bernstein.

Eles também argumentaram que a demanda pelos ETFs recém-aprovados continuará, aumentando ainda mais o preço do ativo digital. Os fundos registraram baixas e altas na semana passada.

Em janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) finalmente autorizou 11 ETFs de Bitcoin à vista, permitindo que fossem negociados em bolsas de valores. Os fundos atraíram uma enxurrada de capital para o mercado, pois os investidores comuns buscaram exposição à criptomoeda por meio de contas de corretagem oferecidas por empresas financeiras tradicionais como VanEck, BlackRock e Fidelity.

Impulsionado pela febre dos ETFs, o preço do Bitcoin atingiu um novo recorde histórico de US$ 73.747 há dois meses, mas desde então tem enfrentado dificuldades, caindo abaixo de US$ 57 mil na semana passada. O BTC está sendo negociado agora a pouco mais de US$ 63 mil, de acordo com o CoinGecko.

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No fim de semana, no entanto, os fluxos de saída de ETFs reverteram o curso à medida que o dinheiro voltou a inundar os fundos. A recente trajetória ascendente “limpou o excesso de alavancagem dos contratos futuros nas exchanges cripto”, disseram os analistas da Bernstein, sugerindo que a partir de agora a tendência é de alta.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.