Binance responde críticas sobre novo ranking do CoinMarketCap

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Foto: Shutterstock

A polêmica envolvendo a nova configuração do ranking de exchanges do CoinMarketCap e o destaque obtido pela Binance levou Changpeng Zao (CZ), CEO da companhia, a se pronunciar.

Isso porque a plataforma desde o começo de abril é parte do conglomerado da gigante do mercado cripto. A transação girou em torno de US$ 400 (R$ 2 bilhões), segundo o portal The Block —as partes não confirmaram os valores.

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https://twitter.com/cz_binance/status/1262597241887285252

‘Visões binárias’

Em artigo publicado no site da empresa, CZ disse que “muitas pessoas têm uma interpretação binária de palavras como descentralização e independência (somos descentralizados ou não; somos independentes ou não)”.

Para CZ, tais termos são vistos por ele em uma escala gradual, e isso se aplica às companhias que fazem parte do que chamou de “ecossistema Binance”. “A questão não é ‘você é independente ou não é independente’. É ‘que grau de independência você tem’. Na Binance, você tem muito”.

Sobre o fato do CoinMarketCap ser da Binance atualmente, CZ afirma que isso implica em certa influência. “Tenho reuniões regulares com todas as nossas unidades de negócios, incluindo a CMC [CoinMarketCap], e forneço minhas sugestões com base na minha experiência na administração de negócios.

Por outro lado, citou a própria mudança no ranking da plataforma como exemplo do grau de liberdade que as empresas ligadas à Binance possuem. “Acredito que dou grandes graus de liberdade a todas as nossas equipes. Usarei a recente atualização da classificação de câmbio da CMC como exemplo e compartilharei algumas ideias sobre como lidero”.

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Binance e CMC

O CEO da Binance defendeu a mudança feita pela plataforma como uma forma de oferecer uma métrica de liquidez atualizada e mais precisa.

“É apenas um estágio intermediário na implementação iterativa de melhorias para combater a inflação por volume”.

No Twitter, diversos usuários criticaram a explicação dada por CZ.

“Enquanto a CMC pertencer à Binance, enquanto a Binance estiver em primeiro lugar, seus concorrentes não acharão justo e transparente!”, escreveu um deles.

Por outro lado, outros usuários se mostraram satisfeitos com a mudança. “Os rankings de câmbio da CMC são mais razoáveis ​​do que antes. Ninguém pode negar isso”, disse outro.

Entenda o caso

O CoinMarketCap não mudou apenas sua posição sobre usar o tráfego da web, mas também removeu um indicador criado em julho de 2019, projetado para fornecer dados mais precisos e eliminar o wash trading — uma técnica usada por exchanges para aumentar artificialmente o volume de negociação.

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As mudanças beneficiam a Binance, agora proprietária do CoinMarketCap, que lidera nos novos critérios de classificação da plataforma de mercado.

Em 3 de abril, um dia após a Binance adquirir o CoinMarketCap, a bolsa foi classificada em 15º no site. O provedor de dados listou o volume reivindicado pela Binance como US$ 6,7 bilhões. Mas colocou seu volume ajustado, uma métrica projetada para remover qualquer atividade suspeita, em US$ 2,1 bilhões.

As alterações no ranking mexeram com a posição das exchanges brasileiras. A Mercado Bitcoin, considerada a maior em operação no país, foi uma das grandes beneficiadas e deu um salto — antes figurava entre as 200 corretoras mais representativas e agora ocupa a 14ª posição.

Outras exchanges brasileiras que aparecem entre as cem de maiores volume de tráfego no novo ranking são a BitcoinTrade (61º), NovaDAX (66º), Braziliex (83º) e BitcoinToYou (90º).