Smartphone mostra logotipo da Binance à frente de tela de negociação
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A euforia no mercado de critptomoedas parece ter voltado. Não só os preços do Bitcoin (BTC) e outros ativos estão em forte alta, mas o próprio volume de negociações no setor também foi reanimado. Mesmo assim, a maior exchange do mundo, a Binance, não tem conseguido surfar o bom momento como seus concorrentes.

De acordo com dados do The Block, a média móvel de sete dias dos volumes à vista nas maiores exchanges de criptomoedas superou US$ 24 bilhões em 26 de outubro, o maior patamar desde o fim de março.

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Recentemente, o BTC chegou a superar o patamar de US$ 35 mil em meio a euforia dos investidores com a possibilidade de que em breve a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprove o primeiro ETF de Bitcoin à vista, o que deve destravar investimento institucional no mercado e puxar os preços para cima, segundo especialistas.

Porém, essa euforia toda não está se refletindo nos números da Binance. A participação de mercado da corretora entre aquelas que não dão suporte ao dólar diminuiu de 74% em dezembro de 2022 para 50% este mês, apontam dados do The Block.

Não bastasse perder força no mercado de negociação à vista, no segmento de contratos futuros a companhia também está sofrendo. Dados do Coinglass mostram que a Bolsa de Chicago (CME) agora é a segunda na lista das maiores plataformas de negociação de futuros de Bitcoin.

Leia também: Negociação de futuros de Bitcoin bate recorde na Bolsa de Chicago

Com uma posição em aberto de US$ 3,54 bilhões, a CME saltou da quarta para a segunda posição no ranking nos últimos dias, ficando apenas 8% atrás da Binance, que tem US$ 3,83 bilhões. Os contratos em aberto referem-se ao valor em dólares bloqueado no número de contratos ativos ou em aberto.

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A atual situação da Binance

“É difícil para os institucionais comprometerem recursos devido ao risco vindo das notícias”, comentou um trader ao The Block para tentar explicar a perda de espaço da Binance.

Essa visão é corroborada pelo cenário visto no mercado de futuros, já que a CME não só é regulada como é a maior bolsa de derivativos do mundo, dando muito mais segurança aos seus investidores.

A Binance vê suas concorrentes ganhando espaço ao mesmo tempo que sofre com investigações e ações de reguladores ao redor do mundo, incluindo nos Estados Unidos e no Brasil.

Os problemas da maior exchange do mundo ficam ainda mais evidentes diante da recente saída de 16 grandes executivos da empresa, incluindo o chefe da regional dos Reino Unido, Jonathan Farnell, e do líder da Binance.US, Brian Shroder.

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