Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo em termos de volume negociado, afirmou, nesta quarta-feira (10), que não irá desconsiderar seu apoio à futura e controversa bifurcação do Ethereum, chamada de ETHW.
A corretora anunciou que irá apoiar “a fusão” — uma alteração no protocolo prevista para o dia 19 de setembro, que irá completar a tão aguardada atualização para o mecanismo de consenso proof of stake (ou PoS, na sigla em inglês).
Porém, a empresa também afirmou que possivelmente vai apoiar os “contrários à fusão” que planejam continuar usando o mecanismo proof of work (ou PoW) e criar uma rede e criptomoeda derivadas.
“No caso de novos tokens bifurcados, a Binance irá avaliar o suporte para a distribuição e saque dos tokens bifurcados”, de acordo com um comunicado.
The Ethereum Merge is approaching.
— Binance (@binance) August 10, 2022
Here’s what you need to know if you hold $ETH on #Binance:
Binance will support “The Merge”.
In case of newly forked tokens, we will evaluate and consider support for distribution and withdrawal.
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“Para proteger os adversários da Binance, todos os tokens bifurcados vão passar pelo mesmo processo rigoroso de revisão que a Binance realiza com qualquer outra moeda/token”, acrescentou a empresa.
Em setembro, a rede Ethereum será atualizada para ETH 2.0. Em vez de ser uma blockchain PoW, migrará para o PoS, eliminando a necessidade de mineradores.
Validadores, e não mineradores, vão manter a rede segura ao “bloquear” (fazer o staking) das criptomoedas nativas da rede.
Espera-se que a mudança torne o Ethereum mais rápido, escalável e bem mais energeticamente eficiente. Defensores da migração também afirmam que a atualização vai ajudar a manter a inflação da criptomoeda nativa da rede (ETH) sob controle.
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Mas o fim da mineração do Ethereum terá um impacto negativo para mineradores da rede que dependem desse processo para obter sua fonte de renda.
Revolta dos mineradores de Ethereum
Neste mês, o minerador chinês Chandler Guo anunciou que quer resistir à atualização e manter uma versão PoW viva em uma tentativa de ajudar mineradores que poderão ser abandonados após a atualização.
Ele planeja seguir em frente com um processo chamado de “bifurcação drástica” (do inglês “hard fork”): Quando aqueles que trabalham na rede não concordam mais com o melhor rumo a seguir e, por isso, seguem caminhos diferentes — com uma nova criptomoedas.
Neste caso, a nova rede seria conhecida como ETHPoW; a nova criptomoeda, ETHW. Porém, desenvolvedores do Ethereum continuam céticos de que tal iniciativa vai obter muito apoio de desenvolvedores e do mercado. Porém, grandes participantes do mercado sinalizaram que estão abertos à possibilidade.
Até agora, grandes corretoras, como a Poloniex, de Justin Sun, e Huobi, afirmaram que irão apoiar a bifurcação ao listar o token. Na segunda-feira (8), a BitMEX anunciou o lançamento de um contrato futuro para ETHW.
Enquanto isso, a Circle, empresa responsável por USDC, a segunda maior stablecoin do mercado, afirmou que só irá apoiar a ETH 2.0.
Tether, a maior fornecedora de stablecoins, também anunciou que iria apoiar a fusão, acrescentando que é “importante que a transição ao PoS não seja transformada em uma arma para gerar confusão e danos ao ecossistema”.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.
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