A corretora Binance anunciou nesta quinta-feira (4) o lançamento de um cartão pré-pago para os clientes na Argentina, o primeiro país da América Latina a receber o serviço.
O Binance Card é um cartão que a corretora já promove em outros países em parceria com a Mastercard, e permite que usuários usem os saldos em criptomoedas na corretora para fazer compras no dia a dia.
Na Argentina, o cartão poderá ser usado em estabelecimentos comuns que aceitam a bandeira Mastercard uma vez que, no momento do pagamento, as criptomoedas são convertidas para moeda fiduciária em tempo real.
Emitido pela Credencial Payments, o cartão deve ser disponibilizado nas próximas semanas, ainda sem uma data específica de lançamento. O Binance Card poderá ser adquirido por clientes novos ou já existentes da corretora que tenham um documento de identidade emitido na Argentina.
Em nota à imprensa, a corretora promete dar até 8% em cashback de criptomoeda em compras qualificadas feitas através do cartão pré-pago. Para transferir saldo da conta da corretora para o cartão, os usuários argentinos devem gerenciá-lo por meio do painel do cartão no aplicativo ou site da exchange.
“A Mastercard lidera o setor de pagamentos ao permitir a entrada nesse novo mundo empolgante, ajudando a trazer milhões de usuários adicionais para criptomoedas e outros ativos digitais de maneira segura e confiável”, disse em nota Walter Pimenta, vice-presidente de produtos e inovação da Mastercard na América Latina.
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Criptomoedas na Argentina
Por conta do seu contexto socioeconômico, a Argentina se tornou um dos países onde o mercado de criptomoedas tem mais força na América Latina, seja no uso rotineiro desses ativos como meio de pagamento por argentinos, ou como alternativa de investimento e reserva de valor.
Por outro lado, o governo da Argentina, um país atingido por uma inflação altíssima, não é fã dessa popularização das criptomoedas. Para domar a fuga de capital, o governo proibiu recentemente traders de bitcoin de comprar dólares americanos à taxa de câmbio oficial.
No final de julho, o Banco Central do país disse que aqueles que compraram bitcoin ou qualquer outra criptomoeda com pesos nos últimos 90 dias, não poderão acessar o mercado único de câmbio livre (Mercado Único y Libre de Cambio — MULC) e comprar dólares à taxa oficial.
Já em junho, quando o maior banco privado da Argentina anunciou que ofereceria a compra e venda de criptoativos a seus clientes, o Banco Central logo interviu para proibir esse serviço específico do banco.
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