Imagem da matéria: Bancos e reguladores pressionam por leis para criptomoedas na Coreia do Sul
(Foto: Shutterstock)

Um evento que aconteceu em setembro na Coreia do Sul com a participação de bancos comerciais e membros da Assembleia Nacional foi palco para discussões sobre a criação de uma “lei de negócios de ativos virtuais” para ajudar no desenvolvimento de longo prazo do ecossistema de criptomoedas do país, conforme um comunicado de imprensa informou na quarta-feira (07).

Chamado de “O Seminário da Assembleia Nacional para a Lei de Negócios de Ativos Virtuais”, os participantes disseram que a criação de tais leis seria fundamental para gerar receita e desenvolver a indústria de finanças digital coreana.

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O seminário foi apresentado por Kim Byeong-wook, secretário do Comitê de Política Nacional e membro do Partido Democrata (DP), e pela Delio, uma empresa de empréstimos de criptomoedas. O evento foi patrocinado pelo projeto de finanças descentralizadas (DeFi) DUCATO da Delio, segundo o comunicado de imprensa.

Tecnologia de blockchain em um mundo pós-coronavírus

Byeong-wook disse no discurso de abertura que a Assembleia Nacional deveria pensar sobre uma forma de estabelecer a lei e o sistema para o desenvolvimento de ativos virtuais e indústrias relacionadas e para a proteção do investidor.

O sentimento foi compartilhado por Kim Tae-nyeon, líder do partido democrático governante, que disse que a utilização da tecnologia blockchain é “um dos principais pilares” do New Deal coreano – uma legislação criada em julho que visa usar a tecnologia blockchain em vários cenários, como licitações de contratos de energia para empresas de energia, distribuição de itens de bem-estar para grupos de baixa renda e a emissão de identidades digitais.

Conforme os termos do New Deal, a Assembleia Nacional está considerando a melhor forma de revisar as leis gerais para o desenvolvimento de moedas digitais e contar com uma pesquisa acadêmica rigorosa antes de estabelecer a legislação, acrescentou o comunicado.

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Byeong-wook também mencionou que “ativos virtuais” e finanças digitais têm as “possibilidades mais amplas na era pós-COVID-19”, referindo-se ao surgimento dos sistemas de pagamento sem dinheiro, já que as transações baseadas em dinheiro – que podem transferir o vírus entre manipuladores – estão sendo evitadas.

Bancos coreanos querem serviços de criptomoedas

Participantes do evento que representam bancos comerciais admitiram que aguardam ansiosamente a legislação sobre ativos virtuais, afirma o comunicado.

Jang Hyeon-gi, chefe do Centro de P&D Digital do Shinhan Bank, disse que os bancos podem participar da crescente indústria DeFi oferecendo seus próprios serviços financeiros relevantes para a indústria. Nesse sentido, o Shinhan Bank já lançou aplicativos que utilizam blockchain, como serviços de pagamento e de custódia para seus clientes, acrescentou.

Enquanto isso, Jo Jin-seok, chefe do Centro de Inovação de TI do KB Kookmin Bank, disse que vários ativos financeiros serão gradualmente digitalizados à medida que avançam como uma tendência, com os bancos eventualmente lançando suas próprias plataformas de gerenciamento de moeda digital, observou ele.

A assembleia espera que uma legislação relevante seja aprovada nos próximos meses. A discussão acontece ao mesmo tempo que o banco central coreano disse ontem que distribuirá sua futura moeda digital apoiada pelo estado antes de 2021, a terceira e última fase de seu teste piloto.

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