Baleias lucram na alta do bitcoin, enquanto investidores de varejo patinam, revela relatório

Levantamento da OKEX, segunda maior corretora do mundo, analisou dados entre agosto e novembro
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Foto: Shutterstock

Em novembro, mês em que bitcoin alcançou sua máxima histórica em dólares, as baleias – investidores com grande quantidade de criptomoedas – venderam seus BTCs para fazer lucro. Na contramão, os investidores de varejo – pessoas comuns sem tantas criptos – continuaram perseguindo a alta da moeda e comprando.

Esse foi o panorama apresentado em um novo relatório publicado nesta sexta-feira (11) pela OKEX, segunda maior exchange de criptomoedas do mundo, segundo dados do CoinMarketCap. A corretora informou que analisou as negociações de BTC/USDT realizadas entre os meses de agosto e novembro deste ano para chegar ao cenário, já conhecido pelos entusiastas do mercado.

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“Com todo o hype e mania em torno de uma corrida de touros do bitcoin, os dados discutidos servem como um lembrete de que grandes traders, baleias e instituições estão no negócio de comprar na baixa e vender na alta. Não é do interesse deles continuar comprando moedas em novas máximas e tornando-as ainda mais caras”, informou o estudo.

Exemplo do Dia de Ação de Graça

De acordo com a OKEX, um dos exemplos de como as baleias se comportam durante um rali de criptomoedas ocorreu em 26 de novembro, dia em que os Estados Unidos comemoram o Thanskgiving Day (Dia de Ação de Graças), um dos feriados mais importantes do país norte-americano.

Naquele dia, em que o bitcoin caiu quase US$ 3.000 na comparação com 25 de novembro, as baleias e as instituições com grande quantidade de bitcoin, segundo a exchange, comparam na queda. Por outro lado, os traders comuns ficaram desesperados e venderam seus ativos digitais.

“Isso mostra como grandes baleias e instituições compraram ativamente o BTC relativamente ‘barato’, já que ele estava sendo vendido por todos enquanto o preço despencava”.

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Investidores institucionais tiram o espaço das baleias e influenciam preços no mercado?

Em uma reportagem sobre o relatório, o Coindesk também levantou a hipótese de os investidores tradicionais no mercado de criptomoedas – como a Microstrategy e a Massmutual – serem capazes de influenciar o preço do btc até mais do que as baleias.

De acordo com especialistas ouvidos pelo veículo, no entanto, a teoria é um pouco improvável. Um analista chamado John Todaro, por exemplo, falou que investidores institucionais costumam comprar suas criptomoedas por meio de mercados de balcão de bitcoin (OTC), o que não afetaria tanto os preços. É diferente do caso das baleias, falou, que usam exchanges e bolsas e, portanto, teriam mais força para gerar altas e baixas.