Imagem da matéria: Argentina imprime dinheiro 24 horas por dia e mesmo assim falta dinheiro nas ruas
Cédulas de peso argentino. Moeda sofre com forte desvalorização. (Foto: Shutterstock)

O governo da Argentina vem imprimindo dinheiro 24 horas por dia por causa da paralisação da economia provocada pelo coronavírus e mesmo assim há escassez de dinheiro nas ruas, de acordo o El País.

Conforme o jornal espanhol, o covid-19 causou mais um problema: reduziu o número de funcionários da Casa da Moeda do país, o que provocou uma desaceleração das rotativas que produzem o papel-moeda.

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A chamada Casa de la Moneda, disse o El País, garantiu que a situação será normalizada por manter equipes de reserva, acrescentando que além da falta de notas, a Argentina tem problemas sérios de dinheiro devido ao déficit fiscal e à falta de acesso ao crédito externo.

O problema da falta de notas, contudo, é devido a retiradas em massa em caixas eletrônicos e que possivelmente foram parar na casa dos cidadãos e não no comércio. Segundo o jornal, no mês passado, o BCRA colocou milhões de notas novas em circulação — 50 milhões de notas de mil pesos; 2 milhões de notas de 500, 12 milhões de notas de 200 e 540 milhões de notas de 100.

Bancos na Argentina exigem nota maior

Encarregados de distribuir o auxílio emergencial oferecido pelo governo durante a pandemia, alguns bancos da Argentina estão exigindo a impressão de notas de 5 mil pesos. Isso para relaxar a falta de notas e prevendo a demanda com o pagamento da terceira parcela do subsídio federal.

O CEO do Banco Macro, Jorge Brito, por exemplo, considera urgente a ação para aliviar a escassez de papel-moeda. Segundo ele, os cidadãos argentinos dobraram a quantidade de dinheiro que administram. Outro ponto, disse, é que notas de menor valor criam um volume grande para transporte e armazenamento.

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No entanto, tanto o BCRA quanto o presidente Alberto Fernández preferem adiar a emissão da nota de 5 mil pesos por enquanto, para não provocar sensações inflacionárias.

A inflação no mês de junho na Argentina foi de 2,3%. No ano passado, o acumulado somou 53,8%. Para 2020, são esperados menos de 40%, caso a oferta do auxílio emergencial não contribua expressivamente no índice inflacionário.

Auxílio emergencial na Argentina

De acordo com o jornal, o BCRA já emitiu mais de 1,35 trilhão de pesos para cobrir o déficit fiscal e também para financiar subsídios como o Emergency Family Income, que é o auxílio emergencial oferecido pelo governo durante a crise sanitária.

Como no Brasil, o governo argentino já está no terceiro lote de distribuição do auxílio que beneficia cerca de 9 milhões de pessoas; Cada rodada custa mais de 90.000 milhões de pesos (cerca de R$ 7 milhões).


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