A ONG Bitcoin Argentina, com sede em Buenos Aires, anunciou no início deste mês uma iniciativa que pretende levar a professores e alunos de 40 escolas o conhecimentos sobre bitcoin, criptomoedas e tecnologia blockchain. Batizado de ‘Projeto Escuelas y Bitcoin’, a entidade quer ajudar na formação profissional de pelo menos 4 mil alunos do ensino médio.
O projeto conta com apoio da plataforma de negociação p2p cripto Paxful e da Built With Bitcoin Foundation, uma organização focada em ações solidárias por meio das criptoeconomia. Segundo a Bitcoin Argentina, o objetivo do ‘Escolas e Bitcoin’ é contribuir para a formação profissional, gerar conteúdo educacional e apoiar novas iniciativas e propostas relacionadas ao Bitcoin e blockchains.
O plano de trabalho será constituído a partir de agosto com oficinas presenciais e virtuais com a criação de material didático em diferentes formatos com a participação da iniciativa e alunos, disse a Paxful ao Criptonoticias.
Em uma segunda etapa, acrescentou ele, serão realizados encontros interescolares para apresentação das propostas elaboradas por cada um dos grupos. No início de junho será realizada uma nova palestra aberta ao público, para as partes detalharem mais sobre o projeto com duração de 18 meses.
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“Formar os jovens nestas tecnologias, antes de iniciar os estudos universitários ou dar os primeiros passos no mercado de trabalho, é contribuir e apoiá-los para que se insiram num mundo digital e descentralizado que veio para ficar”, disse em nota Javier Madariaga, diretor da ONG Bitcoin Argentina.
“Com este projeto, esperamos alcançar o maior número possível de argentinos, para ajudar a expandir a educação financeira em uma região do mundo onde ela é mais necessária”, comentou também o diretor da Built With Bitcoin Foundation, Yusuf Nessary.
Bitcoin na Argentina
O Bitcoin continua sendo o principal ativo virtual na Argentina e é na criptomoeda que eles mais apostam como reserva de valor. Acerca de pagamentos feitos no dia a dia, os argentinos preferem as stablecoins, como DAI e USDC, por exemplo.
E isso não é de hoje. A Argentina sempre esteve entre os países com mais adoção ao bitcoin, assim como o Brasil na América Latina. Contudo, as escolas de ensino médio brasileiras ainda não contam com uma grade curricular que tenha algo voltado para o conhecimento da criptoeconomia.