Alta do Bitcoin pode ser retomada após o halving e alvo é US$ 150 mil, diz Bernstein

Analistas reiteraram a previsão de US$ 150 mil para o Bitcoin até o final de 2025
Ilustração de moeda gigante de Bitcoin observada por investidores e prestes a ser cortada ao meio

Shutterstock

Analistas da empresa de pesquisa e corretagem Bernstein esperam que o Bitcoin retome sua trajetória de alta após o halving, quando as taxas de hash de mineração se ajustarem e os fluxos de ETF forem retomados. Desta forma, a empresa reitera sua meta de preço de US$ 150 mil até o final de 2025.

“Em nossa opinião, além disso, a integração de ETFs de Bitcoin à vista com wirehouses [corretoras], RIAs [empresas financeiras] continuarão a fornecer demanda estrutural por BTCs”, disseram Gautam Chhugani e Mahika Sapra em nota aos clientes nesta quarta-feira (17).

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O halving é um evento na rede do Bitcoin que deve ocorrer neste fim de semana e que vai reduzir pela metade a recompensa por bloco para os mineradores que atualmente é de 6,25 BTC; portanto, a partir de sábado ou domingo, iela cairá para 3,125, tornando o Bitcoin mais escasso do que já é.

Os comentários do analista da Bernstein vão ao encontro de Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg. Conforme descreve o The Block, ele disse no mês passado que tornar os ETFs de Bitcoin acessíveis em plataformas wirehouse significativas era “como colocar um produto na prateleira da Whole Foods ou de uma grande loja de alimentos. Apenas esse tipo de exposição e disponibilidade só vai ajudar”.

Balchunas espera que os ETFs cheguem a essas plataformas nos próximos meses, identificando também a negociação de opções para os ETFs como outro grande catalisador, afirma a publicação.

Impacto do Halving no preço do Bitcoin

De acordo com Chhugani e Sapraos, continua o site, o halving em si não leva à valorização do preço do BTC sem nova demanda, pois os mineradores vão passar a ganhar menos recompensas e portanto terão menos para vender ao mercado. segundo eles, esta potencial pressão de venda caiu significativamente ao longo do tempo.

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“Por exemplo, ao preço de hoje, cerca de US$ 50 milhões em Bitcoin são produzidos/ganhos diariamente pelos mineradores. Isso representa apenas 0,12% do volume diário de negociação. Assim, a diminuição da pressão de venda não é mais um argumento significativo para a valorização do preço do Bitcoin no ano do halving. Acreditamos que são sempre novos catalisadores de demanda que levam à valorização do preço do bitcoin em cada ciclo”, disseram eles.

Chhugani e Sapra acrescentaram que os catalisadores de demanda muitas vezes se sincronizaram após eventos de halving, citando a liquidez pós-pandemia de covid-19 e compras corporativas de Bitcoin por Tesla, Square e MicroStrategy.

“Historicamente, um rompimento do preço do Bitcoin sempre ocorreu após o halving e, às vezes, alguns meses após o halving”, concluíram.