O BlackRock Investment Institute (BII), braço da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, especializado em análises macroeconômicas, afirmou em um artigo direcionado a investidores que o Bitcoin merece espaço em portfólios multiativos.
O artigo intitulado “Sizing Bitcoin In Portfolios”, escrito por vários autores, incluindo Samara Cohen, CIO de ETF e investimentos de índice da BlackRock, faz uma analogia com uma estratégia já conhecida no mercado, que são investimentos nas “Sete Magníficas” da tecnologia — “Magnificent Seven” — Apple, Microsoft, Amazon, Nvidia, Alphabet, Meta e Tesla.
De acordo com a BlackRock, dar ao Bitcoin uma ponderação de 1% a 2% produziria um perfil de risco similar ao das chamadas ações de tecnologia Magnificent Seven em um portfólio padrão de 60/40 de ações e títulos, repercutiu a Bloomberg.
Para a gestora, essa é uma “faixa razoável” para dedicar ao Bitcoin, já que qualquer coisa além de 2% aumentaria drasticamente a participação da criptomoeda no risco geral do portfólio.
Trata-se de um sugestão como um modelo potencial para investidores mais conservadores que se perguntam como e quanto alocar Bitcoin em suas cestas de investimentos, enquanto a maior criptomoeda do mundo dispara acima de US$ 100 mil.
Mas uma grande alta também tem suas consequências, como correções e alta volatilidade, e é por isso que adotar uma abordagem de “orçamento de risco” para a construção de portfólio faz sentido, comentou o estudo.
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“Embora a correlação do Bitcoin com outros ativos seja relativamente baixa, ele é mais volátil, tornando seu efeito na contribuição total de risco semelhante no geral. Uma alocação de Bitcoin teria a vantagem de fornecer uma fonte diversificada de risco, enquanto uma sobreponderação para o Magnificent 7 aumentaria o risco existente e a concentração do portfólio”, concluiu.
Futuro do Bitcoin
O artigo também observou os eventos históricos do Bitcoin, ressaltando que embora ele tenha subido 140% este ano, o caminho não foi fácil, com o BTC passando por quedas de até 80% desde sua criação em 2009.
Mas agora a fase é muito diferente, pois uma adoção institucional mais ampla pode amortecer parte da volatilidade do Bitcoin.
Os autores, contudo, ponderam: “Olhando para o futuro, se o Bitcoin realmente alcançar ampla adoção, ele poderia potencialmente se tornar menos arriscado — mas nesse ponto ele pode não ter mais um catalisador estrutural para novos aumentos consideráveis de preço”.
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