Ao que tudo indica o blogueiro Allan dos Santos vai mergulhar no mundo do bitcoin. Em uma mensagem no Twitter e no Telegram na noite de quarta-feira (04), ele afirmou que em breve o seu site aceitaria pagamento com criptomoedas.
No site de Allan, são oferecidos três pacotes: o anual por US$ 100 e dois mensais, um de US$ 20 e outro de US$ 10. Ainda não há opção em bitcoin.
No dia 28 de outubro, ele já havia comunicado aos seguidores que estava aprendendo sobre bitcoin e divulgou no grupo de Telegram o endereço de uma carteira e disse que estava começando a estudar o tema.
Em oito dias, conforme os dados da carteira, ele recebeu US$ 1.046 (0.01700194 BTC) em mais de quarenta doações. No momento, o endereço está zerado, o que significa que ele movimentou os satoshis recebidos ou para fazer pagamentos ou para outras carteiras cujo dono não é possível verificar.
Allan dos Santos investigado
Allan dos Santos teve prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal e é considerado foragido da Justiça. Ele é o criador do canal de YouTube Terça Livre, sendo um dos aliados mais próximo do presidente Jair Bolsonaro.
O blogueiro é investigado em dois inquéritos do Supremo Tribunal Federal e teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 21 de outubro.
Após começar a ser alvo de inquéritos, Allan foi em julho para os Estados Unidos. Ao determinar a prisão, o STF já pediu aos EUA que extraditem o youtuber.
As investigações contra Allan dos Santos apuram disseminação de mentiras na internet (“fake news”) e financiamento de atos antidemocráticos. Ele nega participação em qualquer um dos casos.
Disputa contra o Google
Além das investigações, Allan dos Santos também enfrenta problemas nas redes sociais. Por ordens da Justiça, teve retirado do ar o perfil no Instagram, seu canal no YouTube foi removido e duas contas de Twitter também foram suspensas.
Mas não é só no Judiciário que Allan tem encontrado opositores. O Google abriu um processo contra o blogueiro por litigância de má-fé.
Conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a empresa entrou com a ação após os advogados de Allan terem alegado que o Google descumpriu decisão da Justiça de SP quando tirou do ar o canal do Terça Livre no YouTube.
A empresa afirma que o blogueiro sabia que a determinação de retirada tinha vindo do STF e omitiu isso da opinião pública ao relatar o fato, fazendo parecer que teria sido uma decisão do Google.