Imagem da matéria: A semana do Bitcoin: Bybit abala mercado e ETFs sangram — mas instituições seguem otimistas
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Bitcoin vai te entediar até chegar a um milhão de dólares” foi uma das frases que circularam pelo Crypto Twitter (agora X) nesta semana, enquanto traders e influenciadores lamentavam a falta de movimentação no preço da criptomoeda.

A maior e mais antiga moeda digital mal se mexeu até sexta-feira, quando caiu após um ataque hacker à exchange Bybit, que resultou no roubo de mais de US$ 1,4 bilhão em Ethereum e tokens relacionados — o maior hack cripto da história, considerando o valor dos ativos no momento do incidente. Além disso, preocupações com a inflação nos EUA impulsionaram uma venda generalizada de ativos de risco.

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Dados do CoinGecko mostram que o Bitcoin é negociado a US$ 95.688 neste domingo (23), após ter atingido US$ 99.262 na manhã de sexta-feira, antes de despencar para menos de US$ 95.000 com o impacto do hack da Bybit nos mercados. Na semana, o BTC acumula uma queda de 1,9%.

A alta acabou? Talvez não, mas a criptomoeda já está 12% abaixo da máxima histórica de mais de US$ 108.000 registrada em janeiro.

Fluxo dos ETFs

Os investidores continuaram a retirar dinheiro dos novos fundos de índice americanos, de acordo com dados da Farside Investors.

O movimento foi consistente ao longo da semana, após o fechamento dos mercados dos EUA na segunda-feira. Somente na quinta-feira, quase US$ 365 milhões saíram dos 10 ETFs, marcando o pior dia da semana para os fluxos de capital. Nos outros três dias, os resgates ficaram entre US$ 60 e US$ 65 milhões por dia.

Na semana passada, os ETFs de cripto registraram saídas de dinheiro depois que o Federal Reserve indicou que não tem pressa para cortar as taxas de juros. Quando os novos dados forem divulgados na próxima semana, os números provavelmente continuarão fracos, já que os investidores americanos estão adotando uma abordagem mais cautelosa diante da inflação persistente — pelo menos por enquanto.

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Instituições ainda otimistas

Ainda assim, analistas da empresa de investimentos Bernstein acreditam que o Bitcoin só tende a subir. Em um relatório publicado na segunda-feira, eles afirmaram que os investidores devem se preparar para uma nova alta do ativo e das ações relacionadas a ele, pois “a convergência da adoção por bancos, investidores institucionais, empresas e, eventualmente, governos soberanos” impulsionará ainda mais o preço da criptomoeda.

Os analistas da Bernstein já fizeram previsões otimistas antes, incluindo uma projeção de que o Bitcoin atingirá US$ 200.000 até o final de 2025.

Fold se torna empresa pública

Outra empresa do setor de Bitcoin está indo para o mainstream: a Fold, que oferece serviços financeiros e um cartão de débito que recompensa usuários com Bitcoin em compras feitas pelo aplicativo, começou a ser negociada publicamente na Nasdaq Composite na quarta-feira.

Sendo uma das poucas empresas focadas em Bitcoin listadas na bolsa, sua estreia representa mais um passo para a aceitação do setor no mercado tradicional.

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Parece um sinal positivo, certo? Pode ser, mas a ação da Fold (FLD) estreou a US$ 10, chegou a superar os US$ 13 e depois caiu para menos de US$ 7 até o final da sexta-feira, refletindo o caos nos mercados.

DOG chega à Solana

Em outra novidade, a memecoin mais valioso da rede do Bitcoin, criada pelo projeto Runes, DOG•GO•TO•THE•MOON (ou apenas DOG), agora está disponível na Solana graças a uma ponte que permite a negociação do token em ambas as blockchains.

O criador pseudônimo do DOG, Leonidas, disse ao Decrypt que o token está “apenas seguindo os passos do BTC” ao se tornar acessível para um público maior — e colocando produtos relacionados ao Bitcoin nas mãos de mais pessoas.

Nem todos os maximalistas de Bitcoin devem concordar com essa ideia, mas veremos se isso impulsionará o preço do token. No momento, o DOG subiu cerca de 3% nas últimas 24 horas, mas ainda está 72% abaixo de sua máxima histórica registrada em dezembro.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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