silhueta de homem com celular e logo da coinbase no fundo
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Os efeitos do processo aberto pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a Coinbase, a maior corretora de criptomoedas dos EUA, já estão se refletindo em queda significativa no preço dos tokens, bem como nas ações de empresas da indústria cripto.  

Como esperado, a queda mais grave vista na manhã desta terça-feira (6) foi de COIN, as ações da Coinbase, que chegaram a cair 20% nas negociações do pré-mercado. COIN fechou a segunda-feira valendo R$ 11,64, mas caiu para R$ 9,23 quando veio à tona o processo da SEC. Às 11h da manhã, o preço de COIN voltou para R$ 9,90, diminuindo as perdas no dia para 14,8%.

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Os investidores temem como a Coinbase vai reagir a ação dos reguladores americanos, que acusam a empresa de operar sua plataforma de negociação de criptoativos como uma bolsa, corretora e agência de compensação sem registro. A SEC também acusa a Coinbase de não registrar a oferta de seu programa staking-as-a-service de criptoativos e oferecer valores mobiliários aos clientes, supostamente os privando de “proteções significativas”.

Leia também: SEC processa Coinbase pelo mesmo motivo que Binance: violar leis de valores mobiliários

As ações de empresas cripto que não estão relacionadas ao processo da SEC também recuaram nesta manhã. Como apontou a Reuters, as ações da operadora Bitfarms caíram 4,5%, enquanto as mineradoras de criptomoedas Riot Platforms, Marathon Digital e Hut 8 Mining, sofreram perdas entre 1,3% e 5,4% antes da abertura do mercado.

Estados americanos pressionam Coinbase

Ao mesmo tempo em que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA anunciou o processo contra a Coinbase, uma força-tarefa paralela formada por dez estados americanos também apareceu para aumentar a pressão contra a corretora.

Agora, a Coinbase tem menos de um mês para explicar à Comissão de Valores Mobiliários do Alabama (ASC) como não está violando as leis estaduais de valores mobiliários com seu programa de staking.

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“A ordem dá à Coinbase 28 dias para mostrar o motivo pelo qual eles não devem ser instruídos a cessar e desistir de vender títulos não registrados no Alabama”, diz um trecho do comunicado oficial. De acordo com o CoinDesk, no entanto, tal ação não proíbe a Coinbase de oferecer staking, desde que cumpra a lei.

O processo do Alabama, no entanto, mostra que os estados dos EUA estão se unindo para investigar a corretora, já que foi uma ação coordenada por dez reguladores estaduais: Alabama, Califórnia, Illinois, Kentucky, Maryland, Nova Jersey, Carolina do Sul, Vermont, Washington e Wisconsin.

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