Cerca de 13 mil pessoas já assinaram uma petição online iniciada na última quarta-feira (03) que pede à Polícia Judiciária e à Justiça federal de Portugal uma investigação contra youtubers. Conforme descreve o documento, os influenciadores digitais promovem esquemas fraudulentos para “enriquecimento desonesto”.
No abaixo assinado, oito nomes/canais foram denunciados — ‘Numeiro’, do youtuber João Barbosa com 400 mil inscritos; ‘Windoh’, canal comandado por Diogo Figueiras com 1,7 milhão de assinantes; o canal de David Soares, ‘DavidGYT’, com 100 mil seguidores; além de Claudio André; Fx_Papi; Joaofox92; Jamestradingjar; e Consultor.academy.
“Estes burlões [trapaceiros no português luso] promovem a perda de dinheiro a pessoas e principalmente a jovens menores de idade dado a ser o seu público alvo e também de descultivar a literacia financeira dos jovens que ficam com receio de no futuro caírem em esquemas como os exibidos por estes burlões”, diz um trecho da petição.
O documento, registrado na plataforma Petição Pública, diz que os fraudadores denunciados usam os mercados financeiros como ilusão para o enriquecimento rápido enganando pessoas. Conforme descreve, eles usam materiais sobre forex, ações e criptomoedas para enganar as pessoas, além de promoverem grupos especiais com pagamentos mensais para terem acesso a sinais.
Na quarta-feira (03), a petição começou a ganhar espaço no Twitter e uma ação foi liderada pelo suposto hacker @redlive13, que no dia anterior pediu o ‘cancelamento’ de vários youtubers sugerindo prisão para eles. Para alguns, até hashtags foram criadas — #CancelarWindoh; #CancelarNumeiro; #CancelarDavidGYT; #CancelarFerp.
O primeiro da lista de @redlive13 é Diogo Figueiras, o youtuber Windoh. Recentemente, ele virou notícia em jornais portugueses acerca de sua promoção de cursos de investimento em ações e criptomoedas.
Segundo reportagem do Observador, por exemplo, suas aulas sobre criptomoedas foram pirateadas e expostas. Um hacker então o acusou de fraude em um vídeo no Youtube. Mais tarde, em vídeo, o youtuber negou as acusações.
Nesta quinta-feira (04), o Portal do Bitcoin checou o ‘blvcknetwork.com’, site de venda dos produtos oferecido pela equipe do Windoh, e constatou que os cursos sobre ações e criptomoedas não estão mais disponíveis para compra.
Sobre os cursos, o site os descreve como os melhores cursos do mercado para negociar ações e criptomoedas e que por trás há uma “equipe com vários anos de experiência na negociação de mercados de cryptoativos e ações”. E esse é um dos temas no Twitter. Com o vazamento de @redlive13, muitos fizeram piada com o conteúdo.