O Banco de la República, banco central da Colômbia, vai realizar um teste-piloto de emissão de títulos baseados em blockchain, anunciou a entidade em sua página oficial na quinta-feira (22). Segundo o órgão, a iniciativa é o primeiro passo para a implementação da tecnologia que surgiu com o bitcoin em outras operações com instrumentos no mercado de capitais.
De acordo com o comunicado, o teste busca verificar os benefícios do blockchain no ciclo de vida de um título, desde a emissão até o vencimento. Participam da iniciativa blockchain o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entidade financeira global de apoio a projetos de investimentos, e que atua a partir dos EUA, e o banco Davivienda, uma das maiores instituições financeiras da Colômbia com sede em Bogotá.
O banco Davivienda ficará responsável pela emissão dos títulos — por meio da plataforma LACChain, da BID Lab — , enquanto o braço do BID, BID Invest, vai endossar os papéis. Além disso, o BID contribuirá com suporte técnico para a implementação da prova de conceito com consultoria sobre aspectos regulatórios e técnicos; o Banco de la República atuará como um nó observador na rede blockchain.
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“O dinheiro excessivo das operações fluirá no sistema de pagamentos de alto valor do Banco de la República”, ressaltou o órgão, acrescentando que sua participação no experimento tecnológico é realizada com o objetivo de compreender o processo de emissão e negociação de valores mobiliários de forma descentralizada no mercado primário e secundário. Durante o processo, cuja duração é estimada em 6 meses, a iniciativa vai buscar também entender os desafios operacionais do projeto e as necessidades regulatórias.
BC da Colômbia quer os benefícios da Blockchain
Dentre os benefícios que o órgão financeiro central da Colômbia busca, como descreveu, estão: redução dos custos operacionais; otimização do tempo; maior eficiência na rastreabilidade e segurança das operações; eliminação das assimetrias de informação e melhor gestão dos riscos financeiros. “Tudo isso contribui para um mercado acionário mais eficiente e integrado, sem prejuízo da proteção dos investidores”, acrescenta a entidade.
O banco central da Colômbia concluiu: “Davivienda e o Grupo BID buscam que, com a prova de conceito, seja criado um arcabouço comercial, operacional, tecnológico e regulatório necessário para poder realizar operações reais de instrumentos de dívida por meio de blockchain de tecnologia e o uso de contratos inteligentes.