A Elliptic, empresa de análise blockchain com sede no Reino Unido, anunciou na terça-feira (22) que concluiu com sucesso junto com o banco Santander um teste piloto de detecção de atividades suspeitas vinculadas a criptomoedas.
Segundo a empresa, o experimento está ajudando a instituição financeira tanto a compreender os riscos que emergem dos ativos digitais quanto a explorar estratégias para lidar com tais situações.
De acordo com a Elliptic, a solução usada no teste foi a Discovery, o carro-chefe da empresa para análise de várias formas virtuais de negociação, as denominadas Virtual Asset Service Provider (VASP). Neste caso, a solução foi implantada para ajudar o Santander a avaliar sua exposição indireta às criptomoedas, identificando e analisando transações de seus clientes junto a corretoras de criptomoedas.
“Estamos entusiasmados em ver a tecnologia da Elliptic em colaboração com o Santander para melhor compreender e proteger os negócios e clientes do banco”, comentou na nota Manuel Silva Martínez, sócio geral da Mouro Capital, um fundo autônomo formado pelo Santander.
Ele ressaltou que a Elliptic é um dos investimentos mais antigos da instituição e que tem sido uma grande aliada acerca das complexidades da tecnologia de razão distribuída (DLT) e do sistema de criptomoedas.
Simone Maini, CEO da Elliptic, ao comentar o teste bem-sucedido, ressaltou o compromisso da Elliptic em ajudar instituições financeiras a entenderem sua exposição a criptoativos e a mitigar os riscos contra a lavagem de dinheiro. Ela ressaltou a importância de as organizações líderes explorarem a criptoeconomia que está em rápida evolução com mais confiança.
Santander e o mercado de criptomoedas
Até o fechamento do texto, o banco Santander não fez nenhum comentário sobre o teste. O banco, cuja sede fica na Espanha, é uma das instituições líderes na zona do Euro.
Em relação a criptomoedas e tecnologia blockchain, o grupo Santander já esteve envolvido com ambos setores. No ano passado, por exemplo, o banco ajudou o Banco Central da Argentina em um teste de sistema de compensação via blockchain.
Referente ao setor de criptomoedas no Brasil, a instituição já foi parte de processos movidos no passado por corretoras que tiveram suas contas fechadas unilateralmente, como Mercado Bitcoin e Bitcambio, por exemplo.