Dois homens foram presos na região metropolitana de Buenos Aires na quinta-feira (3) por roubarem 12,2 milhões de pesos argentinos, cerca de R$ 660 mil, de uma loja de roupas esportivas onde trabalhava um dos acusados.
Eles tiveram acesso ao caixa da empresa após hackear o seu sistema de pagamentos de fornecedores, conforme noticiou o La Nacion. Com a ajuda do parceiro, o funcionário conseguiu invadir a plataforma e desviar os valores para a sua conta pessoal. Com o dinheiro em mãos, eles investiram em criptomoedas e compraram equipamentos eletrônicos.
Durante a operação do departamento de investigação de San Isidro, foi encontrado na casa dos suspeitos diversas placas de vídeo (GPU) usadas para minerar criptomoedas, além de HD/SSDs e computadores.
A mineração caseira na Argentina tem se popularizado graças à eletricidade barata garantida por subsídio do governo. As autoridades também afirmaram que o dinheiro foi usado para comprar criptomoedas, mas não detalham o tipo do ativo ou valores.
Sistema hackeado
Para realizar a façanha, o funcionário e o seu parceiro conseguiram invadir o sistema online da empresa com contas falsificadas que tinham permissão para gestar o dinheiro em caixa. A reserva deveria ser usada para pagar as mercadorias dos fornecedores.
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Ao enganar o sistema com perfis de confiança, eles conseguiram desviar R$ 660 mil para uma conta “mula”. Em seguida, os dois invasores fizeram 43 transferências do celular e dividiram o dinheiro roubado entre si.
Duas dessas transferências no valor de R$ 45,5 mil cada, foram enviadas para duas colegas de trabalho do funcionário preso. Um terceiro homem também recebeu R$ 13 mil da conta fraudulenta. Agora o Ministério Público investiga os três funcionários para descobrir qual foi o envolvimento deles no roubo.
Na operação de ontem, a polícia invadiu as casas dos cinco réus, e prendeu os dois homens acusados de arquitetar o esquema. As autoridades também apreenderam todo equipamento eletrônico encontrado nos locais.
Segundo a promotora responsável pelo caso, María Virginia Toso, os dois acusados responderão pelo crime de “cracking” e podem enfrentar até seis anos de prisão.