Imagem da matéria: Segundo maior banco da Europa lista pontos negativos do Bitcoin e alerta para bolha
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O BNP Paribas, segundo maior banco da Europa e um dos dez maiores do mundo, publicou na semana passada um relatório sobre bitcoin no qual listou pontos positivos e negativos do ativo.

No documento, assinado por seu diretor-global de investimentos, Edmund Shing, a empresa diz que a criptomoeda oferece “retornos impressionantes” e potencial para ser uma “reserva de valor contra forte inflação ou depreciação da moeda”.

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Entretanto, o banco afirma que o BTC e as altcoins apresentam características de “bolha” e, por isso, prefere “permanecer prudente” e não bater o martelo se são “ativos financeiros potencialmente adequados” para seus clientes.

Para investidores de varejo, segundo a instituição financeira, a melhor forma de investir em criptomoedas é alocar recursos em empresas e indústrias do mercado, e não diretamente nos ativos digitais.

Pontos positivos do bitcoin

Além da valorização e da proteção contra inflação, outro ponto positivo do bitcoin que atrai investidores, segundo o BNP Paribas, é a possibilidade de mover grandes valores monetários entre países por meio da criptomoeda.

“Transferir grandes quantidades de moeda tradicional entre fronteiras nacionais podem ser difíceis, demoradas e caras, enquanto o bitcoin não sofre desses problemas”, consta no texto.

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A instituição financeira também diz que a criptomoeda tem potencial para diversificação de portfólio. Por fim, fala ainda que a ausência de um banco central ou governo para controlar ou manipular o valor ou fornecimento do BTC é uma vantagem para a moeda.

Pontos negativos do bitcoin

Volatidade de preço, tamanho do bitcoin quando comparado a outros mercados e riscos de ataques virtuais a exchanges são alguns dos principais riscos associados ao bitcoin, segundo o BNP Paribas.

A presença de baleias – investidores com grande quantidade de bitcoins na carteira – também é um ponto negativo, pois elas podem influenciar o valor da moeda, ainda segundo a instituição financeira.

“No mínimo, essa concentração do estoque pendente de bitcoin em algumas contas de ‘baleia’ aumentou nos últimos meses, coincidindo com o aumento acentuado de preço do bitcoin”, diz o relatório.

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De acordo com a Glassnode, 62% de todos os bitcoins minerados estão em wallets com mais de 100 BTC’s.

Possível bolha

Na análise, o banco ainda afirma que o BTC tem seis características de “ativo especulativo” e “bolha”.

São elas: entusiasmo excessivo e infundado; presença de especuladores; disparada rápida de preço; muita publicidade por causa da cobertura da mídia; taxas de juros baixas que alimentam especulação; e confiança excessiva na subida de preço.

“Se você vir os participantes do mercado confiando que uma queda nos preços é improvável que aconteça, você tem uma bolha. Nessa fase da bolha, as instituições financeiras tiram proveito do próspero mercado usando engenharia financeira”, diz a empresa.

Investir com segurança

Diferente de economistas e investidores profissionais, que recomendam investimento direto na criptomoeda, o banco afirma que a melhor forma de investir sem correr riscos é por meio de uma estratégia chamada ‘pick and shovels’, que consiste em comprar ações de empresas e indústrias por trás dos ativos digitais.

“Em suma, acreditamos que os investidores fariam melhor em se concentrar em indústrias e empresas que podem se beneficiar e ter vantagem com o crescimento do emergente mercado de criptomoeda e blockchain – incluindo o setor de semicondutores, cibersegurança e de fintech e pagamentos eletrônicos”.

Nos últimos meses, diversos empresas do segmento anunciaram a abertura de capital. Uma delas foi a Coinbase, corretora de criptomoedas dos Estados Unidos que pode valer US$ 100 bilhões. A Northern Data AG, que atua com mineração de bitcoin, blockchain e outras tecnologias, também quer fazer sua IPO.

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