Aos poucos, os rumores sobre a possível entrada do Facebook no criptomercado estão se tornando fatos reais. Segundo publicação do Wall Street Journal (WSJ) na quinta-feira (02), o Facebook tem conversado com várias empresas para apoiar seu serviço de pagamento com criptomoedas.
Dentre as instituições financeiras e empresas de comércio eletrônico que foram procuradas pelo Facebook estão Visa e MasterCard, diz a reportagem.
O projeto que está sendo desenvolvido foi batizado internamente de Projeto Libra, que visa recompensar os usuários do Facebook com frações da criptomoeda em troca de visitas a seus anúncios.
A criptomoeda do Facebook seria atrelada ao dólar americano, supostamente uma stablecoin, adiantou o WSJ.
Desta forma, usuários do serviço de mensagens WhatsApp, aplicativo que pertence ao grupo, poderiam usar o criptoativo para enviar dinheiro uns aos outros. Isso permitiria que milhões de pessoas realizassem transações internacionais.
Segundo o artigo, o Facebook também pode tentar incorporar seu sistema de pagamento em sites e aplicativos de terceiros, da mesma forma em que terceiros usam o login da plataforma.
Uma fonte próxima à situação confirmou o assunto do artigo do WSJ ao The Block, confirmando que o Facebook está planejando lançar uma rede de pagamentos completa, ao invés de apenas remessas.
Confirmou, também, as negociações em andamento com Visa e MasterCard, adicionando a gigante americana de serviços financeiros, First Data.
Facebook sob pressão
Depois do desconforto que o Facebook passou enfrentando até mesmo o Tribunal americano, a empresa tem passado por uma grande mudança para se concentrar na privacidade dos usuários.
Sob uma forte pressão dos reguladores americanos, ultimamente, o CEO Mark Zuckerberg também tem dado extrema importância na questão.
Zuckerberg disse que, se o comércio eletrônico decolar nos diversos aplicativos do Facebook, isso poderia levar as marcas a gastar mais com os anunciantes, escreveu a CNBC também na quinta-feira.
A empresa também poderia criar novos fluxos de receita de serviços financeiros se os usuários adotassem seus recursos de pagamento.
Henry Liu, ex-funcionário do Facebook e sócio-gerente da YGC, disse à reportagem que os pagamentos e o comércio são a única saída do Facebook de seu freemium, que são produtos e serviços oferecidos gratuitamente.
Bilionário se interessou
Até agora, o Facebook não confirmou oficialmente nenhum dos rumores. No entanto, o negócio parece estar avançado, pois chamou a atenção de um dos bilionários do mercado de criptomoedas, Tim Draper, que planeja discutir com Facebook investimentos na suposta criptomoeda.
A notícia é de 12 de abril e foi revelada primeiramente pelo Bloomberg. Segundo a mídia, Draper revelou que está “interessado em ouvir a história” em torno do projeto, alegando que está pronto para “ver se vale a pena”.
O movimento veio junto das recentes notícias de que a gigante das redes sociais estaria buscando investimento de US$ 1 bilhão de várias empresas de venture capital para desenvolver seu projeto.
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