O Bitcoin pisa no freio na manhã desta quarta-feira (12), recuando para o nível de US$ 96.170 enquanto enfrenta uma queda de 1,9% nas últimas 24 horas. Em real, a criptomoeda líder do mercado é negociada a R$ 555.490, segundo dados do Portal do Bitcoin.
Praticamente todas as criptomoedas do mercado amanheceram no vermelho, incluindo Ethereum (-2,5%), Solana (-2,7%), XRP (-2,8%) e Dogecoin (-3,7%). A BNB, por outro lado, sobe 2% no dia, sendo esta a maior alta registrada no top 100.
O mercado recua à medida que os investidores aguardam a divulgação de dados sobre a inflação dos Estados Unidos nesta manhã. O Departamento do Trabalho publica o relatório do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de janeiro hoje, às 10h30 (horário de Brasília).
A projeção atual é que o relatório indique um aumento de 0,3% no custo de vida em janeiro em comparação ao mês anterior, mostrando uma desaceleração frente à alta de 0,4% registrada em dezembro, conforme estimativas monitoradas pelo FXStreet. A taxa anualizada deve se manter em 2,9%, mesma marca de dezembro.
Dados abaixo do esperado, que comprovem a diminuição da inflação nos EUA, podem renovar as esperanças do mercado para novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), o que torna mais atraente os ativos de risco, como criptomoedas, à medida que reduz os rendimentos dos títulos do Tesouro.
De toda forma, a expectativa permanece sendo de inflação para o futuro dos EUA em meio à guerra comercial que Trump trava com uma série de países, incluindo o Brasil.
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Conforme aponta o CoinDesk, embora um possível ajuste na política de juros do Fed possa impulsionar o BTC, é improvável que seja o único catalisador para que a criptomoeda rompa o nível atual entre US$ 90.000 e US$ 110.000.
“O Bitcoin continua com desempenho inferior ao das ações e do ouro, indicando certa hesitação dentro da comunidade cripto. A liquidez segue fraca nas diversas novas listagens semanais, e a liquidação em grande escala da semana passada eliminou muitos traders”, escreveram os analistas da QCP Capital nesta manhã.
“Para quem ainda mantém posições compradas em cripto, seguir os fluxos institucionais e adquirir proteção contra quedas pode ser a melhor estratégia — especialmente porque as opções de venda (puts) ainda estão relativamente baratas no momento”, sugeriram.
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