Os ETFs de Bitcoin à vista registraram uma saída de US$ 400 milhões na quinta-feira (14), após uma sequência de 6 dias em que os fundos arrecadaram mais de US$ 4,7 bilhões, enquanto o BTC atingiu várias novas máximas históricas.
As saídas foram irregulares — como acontece frequentemente. O iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock recebeu US$ 125 milhões e o VanEck Bitcoin ETF (HODL) recebeu US$ 2,5 milhões na quinta-feira, de acordo com dados da CoinGlass.
Enquanto isso, todos os outros fundos da categoria, incluindo o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC), ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB), Bitwise Bitcoin ETF (BITB), Bitcoin Trust (GBTC) e o Bitcoin Mini Trust ETF (BTC) da Grayscale, tiveram uma saída combinada de US$ 530 milhões.
Na quinta-feira, o preço do Bitcoin parecia estar limitado a uma faixa e vinha sendo negociado lateralmente desde que subiu para US$ 93.477,11 na quarta (13) — a primeira vez que subiu acima de US$ 93 mil.
Mas então ele ficou preso sendo negociado em ou ligeiramente abaixo de US$ 90 mil desde então. Na verdade, quando o preço do Bitcoin caiu após encontrar resistência ontem, isso levou à liquidação de US$ 444 milhões em contratos de derivativos que apostavam na subida do ativo.
O preço do Bitcoin não foi ajudado pelos novos dados econômicos nos EUA, que no início desta semana jogaram água fria nas esperanças de que o Federal Reserve terminaria o ano reduzindo as taxas de juros novamente.
De fato, o número de investidores que acreditam que a próxima reunião do Comitê Federal de Mercados Abertos (FOMC) terminará com os reguladores mantendo as taxas de juros inalteradas aumentou esta semana, observou o analista do BRN, Valentin Fournier.
“Embora os números tenham atendido às expectativas dos investidores, eles continuam sendo um sinal desafiador para o Federal Reserve. Esses dados complicam o plano do Fed de cortar as taxas de juros pela terceira vez em dezembro”, ele escreveu em uma nota compartilhada com o Decrypt.
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“Os dados do CME mostram que as expectativas dos investidores de que as taxas permaneçam inalteradas aumentaram para 40%, ante 25% antes da divulgação dos relatórios de inflação”, acrescentou Fournier.
ETFs, Bitcoin e inflação
A ferramenta CME FedWatch já mostra que a parcela de investidores que esperam que o FOMC mantenha as taxas de juros as mesmas em dezembro subiu para 41,3%.
Mas mesmo com a retirada de fundos institucionais de ETFs de Bitcoin e notícias moderadas de agências dos EUA sobre inflação, a BRN continua confiante de que o BTC pode chegar a US$ 100 mil nos próximos meses.
“Embora uma queda de curto prazo seja possível, esperamos que os investidores vejam isso como uma oportunidade de entrada atraente, injetando nova liquidez”, escreveu Fournier.
“O forte catalisador da eleição de Trump continuará tendo um impacto muito positivo, especialmente durante o primeiro trimestre de 2025, quando seus primeiros movimentos como presidente podem gerar um impulso muito forte para um mercado de alta duradouro”, finalizou.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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