Mão segurando celular com o logo da carteira de criptomoedas MetaMask
(Foto: Shutterstock)

A MetaMask irá começar a testar um sistema chamado Smart Transactions (“Transações Inteligentes”) para que os seus clientes sejam protegidos da prática de máximo valor extraível (“maximal extractable value” em inglês, que é comumente chamado de MEV) em transações na blockchain Ethereum. As informações são do portal CoinDesk

MEV é uma prática na qual certos participantes da rede Ethereum tentam obter lucros extras manipulando as transações antes de serem confirmadas na blockchain. Isso pode acontecer ao reorganizar a ordem das transações ou ao inserir suas próprias transações de forma estratégica nos blocos, visando ganhar vantagens financeiras em detrimento dos outros usuários da rede.

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Leia também:Como robôs estão lucrando com as suas transações na rede Ethereum?

A Consensys, empresa dona da MetaMask, estima que US$ 400 milhões de dinheiro dos usuários da rede Ethereum sejam desperdiçados por conta da prática de MEV. Além do custo, isto eventualmente deixa a rede mais lenta e faz até mesmo as transações falharem no processo de validação. 

Para mitigar esse problemas, a MetaMask está introduzindo o Smart Transactions (Transações Inteligentes). Este sistema permite que os usuários enviem suas transações para um “mempool virtual” antes de serem oficialmente registradas na blockchain Ethereum. 

Dentro deste mempool virtual, as transações passam por simulações para ajudar os usuários a evitar serem prejudicados por táticas de MEV, garantindo assim taxas mais baixas e transações mais seguras.

Vale lembrar que mempool é o local onde as transações ficam até serem escolhidas pelos validadores para serem verificadas, confirmadas e colocadas em um bloco. Justamente por ter essa premissa de escolher, os validadores conseguem manipular a rede para conseguir extrair mais dinheiro de sua atividade, mesmo que isso signifique gerar prejuízo para a comunidade. 

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Como funciona o Smart Transactions

A ideia do sistema Smart Transactions é que nesse ambiente controlado, os participantes da rede que validam blocos serão penalizados financeiramente se não executarem transações nos preços cotados pela MetaMask aos usuários.

Esse sistema é impossível de fazer, pelo menos no momento, no mempool oficial do Ethereum, pois se trata de um ambiente público e aberto.

Jason Linehan, diretor da divisão Special Mechanisms Group da Consensys, disse em uma entrevista ao CoinDesk que 95% dos participante que montam os blocos da rede que atualmente operam no Ethereum já aderiram ao programa de mempool virtual da MetaMask, que começará a ser implementado em fases ao longo desta semana.

O executivo ainda ressaltou que a visão geral é que esse é um grande problema e disse: “Do ponto de vista da experiência do usuário, a ideia de pagar por uma transação que não faz nada, não faz sentido”.

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