A exchange americana Coinbase conseguiu uma licença para operar nas ilhas Bermudas – um pequeno país do Caribe – segundo reportagem da revista Fortune publicada nesta quarta-feira (19).
A autorização foi concedida pela Autoridade Monetária das Bermudas (BMA, na sigla em inglês) e, segundo a Fortune, a Coinbase deve iniciar operações no país já na próxima semana.
Leia também: Para onde vão as empresas de criptomoedas com a pressão dos reguladores?
A licença para operação no Caribe surge um mês após sinalização da companhia sobre a intenção de se estabelecer em outros países e criar uma plataforma global, frente à crescente pressão dos reguladores americanos sobre o setor de criptomoedas do país.
A própria Coinbase e uma série de outras empresas enfrentam ações lideradas por entidades como a SEC e a CFTC.
O CEO Brian Armstrong também comunicou em um evento, no início desta semana, sobre a possibilidade de encerrar as operações nos EUA por falta de clareza regulatória.
Expansão global
Os movimentos da Coinbase estão alinhados com uma grande campanha de expansão global que também já vem sendo anunciada pela empresa.
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A Coinbase já disse que pretende agir de forma alinhada às regulamentações locais de cada país em que montar operações, firmando parcerias com os reguladores locais.
A exchange mencionou em seu blog, por exemplo, que está conversando com a Autoridade Reguladora de Serviços Financeiros do Mercado Global de Abu Dhabi (ADGM, na sigla em inglês) – uma zona econômica livre para criptomoedas no território dos Emirados Árabes Unidos – sobre o potencial de abrir uma filial regulamentada na região.
Briam Armstrong tem comentado sobre a expensão global em seu Twitter pessoal.
O novo conjunto de regras europeu, o MiCA, também está no radar dos planos de expansão – que recentemente já chegou ao Brasil, após diversas conversas de executivos com membros do governo e reguladores brasileiros.
O mais novo destino da corretora norte-americana também não é por acaso. As ilhas do Caribe são conhecidos paraísos fiscais, com uma legislação mais ampla e permissiva — o que faz da região um destino atrativo para empresas que querem mais liberdade operacional.
A FTX, responsável por um dos maiores cisnes negros do mercado de criptomoedas desde a Mt. Gox, por exemplo, tinha sua sede próxima do local, nas Bahamas.
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