Imagem da matéria: Índia Rejeita Comprar Petróleo com Criptomoeda da Venezuela
País não demonstrou interessa na Petro (Foto: Shutterstock)

A Venezuela continua a ter problemas para emplacar sua criptomoeda, a Petro, em negociações internacionais. A rejeição mais recente veio da Índia, que se negou a realizar pagamentos em petro pelo petróleo venezuelano.

A rejeição veio mesmo depois do governo Maduro oferecer um desconto de 30% nas operações com a criptomoeda, conforme destacou o site News Bitcoin.

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A oferta venezuelana foi feita mesmo com a postura do governo indiano, que tem rechaçado o uso de moedas digitais e procura desestimular o interesse por elas em seu território.

(Foto: Divulgação)

“Não podemos ter nenhum comércio de criptomoedas, já que é proibido pelo Banco Central da Índia. Veremos qual meio podemos usar para o comércio”, disse a ministra indiana das Relações Exteriores, Sushma Swaraj durante conferência com venezuelanos e iranianos.

Tanto a Venezuela como o Irã sofrem com sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, e ambos tentam driblar esse bloqueio. O regime Maduro aposta na sua criptomoeda própria como alternativa.

“Petro-problemas”

A tarefa de Caracas é mais complicada do que parece, no entanto. Desde o anúncio da criação do petro, em dezembro de 2017, a Venezuela enfrenta rejeição e críticas dentro e fora do país.

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O principal argumento é que o governo estaria usando a criptomoeda para mascarar sua péssima situação financeira e aumentar o controle sobre a população.

A Assembleia Nacional Venezuelana, dominada pela oposição, considera a moeda virtual estatal “uma fraude”, além de inconstitucional. Até o momento a Venezuela é o único país a ter uma criptomoeda apoiada pelo próprio Estado.

No meio internacional, além da negativa indiana, o petro também é alvo das sanções econômicas impostas à Venezuela. Desde março, o governo Trump proíbe qualquer tipo de transação nos Estados Unidos com a moeda virtual.

Esse cenário afeta até mesmo as exchanges, que costumam ignorar as pressões e políticas anti-criptomoedas dos governos. A chinesa Bitfinex, por exemplo, reluta em aceitar o petro em sua plataforma, temendo que as sanções econômicas aplicadas ao país sul-americano possam prejudicá-la.

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Apesar das pressões internas e externas, Maduro segue firme no propósito de consolidar sua criptomoeda. Ele planeja obrigar que negócios e até benefícios sejam pagos com petro, algo que já acontece com as estatais e companhias aéreas no país.

Maduro afirmou ainda já ter levantado US$ 5 bilhões na pré-venda do token. No entanto, nenhuma evidência ainda foi apresentada para respaldar essa informação.

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