Imagem da matéria: 27% do fornecimento do bitcoin está sob o domínio de dez mil carteiras de baleias
Foto: Shutterstock

2021 foi um grande ano para a adesão do bitcoin (BTC).

Um grupo de atletas e políticos agora aceitam parte de seu salário em bitcoin, El Salvador o tornou em moeda corrente e existem três fundos de índice (ou ETF, na sigla em inglês) de futuros de bitcoin sendo negociados na Bolsa de Opções de Chicago (ou CBOE).

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Ainda assim, grande parte do volume (cerca de 75%) é movimentado de uma corretora para outra e um número bem pequeno de carteiras “ricas” controla mais de ¼ do fornecimento em circulação, de acordo com um relatório do Departamento Nacional de Pesquisa Econômica (ou NBER).

O relatório não é necessariamente novo. É um instrumento de trabalho publicado no site do NBER em outubro usando dados coletados até o fim de junho.

Mas suas descobertas foram evidenciadas nessa segunda-feira (20) quando o Wall Street Journal noticiou que “0,01% dos holders de bitcoin controlam 27% da moeda em circulação”.

Os mil principais investidores controlam cerca de três milhões (ou 16%) de todo o bitcoin em circulação e os dez mil principais investidores possuem cerca de cinco milhões (ou 27%) de bitcoins, de acordo com os autores Igor Makarov, da London School of Economics, e Antoinette Schoar, da Sloan School of Management do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (ou MIT).

Em junho, quando os pesquisadores haviam compilados os dados, havia cerca de 18,7 milhões de bitcoins em circulação e 787 mil endereços de carteira ativos, de acordo com a Glassnode. Para fins de comparação, agora existem 18,9 milhões de bitcoins em circulação e 733 endereços ativos.

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E o preço do bitcoin, que estava em US$ 34.493,20 em junho, subiu cerca de US$ 14 mil e está precificado a US$ 48,9 mil neste momento.

Mas é importante destacar que os pesquisadores utilizaram algoritmos de agrupamento de dados (ou “clustering”) para separar endereços controlados pela mesma entidade, como corretoras ou fundos de hedge, de endereços controlados por investidores individuais.

Se os dados incluíram carteiras controladas por grandes empresas (como a Coinbase), essa porcentagem de 0,01% seria maior.

“Nossos dados cobrem 1.043 diferentes entidades”, afirmam os autores. “Incluem 393 corretoras, 86 sites de apostas, 39 carteiras on-line, 33 processadoras de pagamento, 63 pools de mineração, 35 golpistas, 227 invasores de ransomware, 151 mercados da dark net e serviços ilegais.”

Mas a aparente concentração de riquezas não afugentou o interesse de investidores que querem apostar na próxima grande tendência de blockchain.

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Este ano, US$ 30 bilhões de capital de risco foram alocados em startups de criptoativos, blockchain, Web 3 e metaverso, segundo dados analisados pelo PitchBook.

“Passamos além do ouro digital”, afirmou Spencer Bogart, sócio-geral do Blockchain Capital, à Bloomberg.

“Temos serviços financeiros, arte, jogos como uma subcategoria dos NFTs, Web 3.0, redes sociais descentralizadas, play-to-earn… Tudo isso fez investidores pensarem: ‘Não temos exposição o suficiente’.”

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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