10 termos que todo trader de criptomoedas precisa conhecer

Uma lista para os traders iniciantes que se sentem perdidos com as variadas siglas que flutuam pelo universo cripto
Trader sentado à frente de três telas com gráficos de negociação

Foto: Shutterstock

O universo das criptomoedas pode parecer estranho para os iniciantes e até mesmo para traders que estão começando a conhecer as plataformas de negociação do setor cripto.

Apesar do Bitcoin (BTC), a maior criptomoeda por valor de mercado no mundo, já ter 14 anos de existência, a criptoeconomia ainda está no seu estágio inicial. Alguns iniciantes no setor podem se sentir confusos quando se deparam com alguns termos, como “FOMO” (sigla em inglês para “fear of missing out” ou “medo de perder uma oportunidade”), ligado mais à emoção dos investidores, ou “ATH” (sigla para ‘All-Time High’, que remete à ‘máxima histórica’ de preço de uma moeda).

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Neste artigo, vamos explicar, de forma simples, 10 termos que você deve conhecer para negociar bitcoin ou outras criptomoedas, sugeridos ao Portal do Bitcoin pelo analista de criptomoedas e trader Marcel Pechman.

Alavancagem

O termo ‘alavancagem’, do verbo ‘alavancar’, consiste em pegar dinheiro ou criptomoeda emprestado para apostar na alta ou na baixa de algum ativo, aumentando assim o potencial de lucro (mas também de perda) da operação. Em resumo, alavancar aumenta os ganhos potenciais em qualquer mercado, mas também representa um elevadíssimo risco se for feita em excesso e de forma irresponsável.

Exemplo: “Como não quebrar operando alavancado com criptomoedas”.

Automated Market Maker (AMM)

O ‘formador automatizado de mercado’ (AMM, na sigla em inglês) é uma instituição ou um indivíduo de alto patrimônio líquido que possa prover liquidez em exchanges de finanças descentralizadas (Dexs) — em exchanges centralizadas ou outras plataformas de negociação, a pessoa ou instituição que fornece liquidez é chamada apenas de market marker, ou formador de mercado.

A adição do ‘automatizado’ no termo AMM é necessária porque os formadores de mercado de DEX precisam fornecer uma grande quantidade de determinado token para que o usuário consiga negociar de forma automatizada. Os provedores de liquidez podem ganhar taxas de rede de todas as atividades de negociação em seu pool, criando, assim, uma renda passiva.

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Gas Fee / Taxa de rede

O termo ‘Gas’ (‘gasolina’ em inglês) foi adotado pelos desenvolvedores da blockchain Ethereum para indicar sua taxa de rede (‘gas fee’, em inglês). Como sua própria equipe explica, “gas é o combustível que permite que a rede funcione, da mesma forma que um carro precisa de gasolina para rodar”.

Portanto, “Gas” é o custo que a rede cobra para processar uma transação. O gas é pago em ETH e sua unidade de medida se chama gwei, onde 1 gwei é igual a 0,000000001 ETH.

Exemplo: Custo das taxas de GAS no Ethereum cai 62%

Hold

Hold é um termo em inglês que significa ‘manter’, ‘segurar’ (no infinito ‘to hold’). Tanto no mercado financeiro tradicional quanto no de criptomoedas muitas vezes ele é combinado com o verbo ‘to buy’ (comprar): ‘Buy and Hold’ (comprar e manter). Ou seja, o termo ‘hold’ remete à ideia de investir em um ativo e mantê-lo parado na carteira, aguardar sua valorização. Quem faz HOLD é um HOLDer. Plural: HOLDers.

Exemplo: Felipe Neto apaga tweets sobre criptomoedas, mas promete não vender nenhuma na queda: “Sou holder”

Hodl

O termo ‘hodl’, que remete ao termo original em inglês ‘hold’, mas com erro ortográfico, se tornou famoso particularmente no mundo das criptomoedas. Além de ter o mesmo significado que o termo com a escrita correta, hodl também é a sigla para a frase “hold on for dear life”.

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Escrito muitas vezes com letras maiúsculas, quem faz HODL é um HODLer. Plural: HODlers.

HODL e HOLD, portanto, são a mesma coisa, mas a escrita incorreta “hodl” ficou famosa após um post na rede social BitcoinTalk.

Exemplo: “Vamos manter o HODL do bitcoin mesmo na adversidade”, promete presidente da MicroStrategy

Mint

Mint está relacionado a “cunhagem” (criação) de um NFT. Em alguns casos, a mintagem (emissão) é aberta, gratuita, em outros, o smart contract cobra um valor para liberar esse registro — ficando a cargo de seu criador. Assim como o termo ‘holdar’, do verbo ‘to hold’ em inglês, se tornou uma palavra no meio cripto brasileiro, o setor também abrasileirou o termo mint para definir ações como ‘mintar’ e ‘mintado’.

Exemplo: Projeto que “engorda” blocos do Bitcoin já supera 100 mil NFTs mintados na rede da criptomoeda

Rug pull

Rug pull (‘puxão de tapete’, em inglês) é um dos golpes (scams) mais aplicados no mercado cripto. O esquema consiste na criação de um projeto fraudulento divulgado inclusive por influencers como legítimo.

Por meio dele, os criminosos atraem as vítimas para comprar um token. Quando esse ativo atinge certo preço máximo, vem o bote final. O criador os vende com lucro, fazendo um grande “despejo” (dump) no mercado que resulta na queda dos preços e prejuízo para o restante dos investidores.

Exemplo: Pesquisa revela os maiores golpes de “rug pull” da história das criptomoedas

Seed

O termo seed no mercado de criptomoedas foi adotado para denotar o mesmo significado que tem em inglês: ‘semente’. Uma seed é uma senha formada por palavras aleatórias, geralmente de 12 ou 24 palavras, geradas quando se cria uma carteira cripto (wallet).

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Essas palavras servem para recuperar a carteira em caso de algum incidente e devem ser guardadas fora da internet. Anotá-las em um papel ou folha de metal é uma das melhores formas de segurança. Ao longo do tempo, seed também ganhou outras representações, como ‘passphrase’ (frase secreta) e ‘seed phrase’ (frase semente).

Exemplo: Técnico de TI acha Trezor e seed na casa de cliente e rouba US$ 575 mil em criptomoedas

Staking / Yield

Staking, do termo em inglês ‘stake’ (aposta), é uma forma de conseguir renda passiva mantendo criptomoedas travadas por um período de tempo em uma blockchain a fim de ajudá-la a se manter funcionando, e em troca receber recompensas. Yield (rendimento) é como se chama a recompensa gerada no staking.

Staking é uma parte fundamental para redes baseadas no algoritmo de consenso proof-of-stake (prova de participação), como o Ethereum, e permite que o usuário seja recompensando manter segura a rede que sustenta a criptomoeda.

Exemplo: “Vamos defender o staking na Justiça”, diz líder da Coinbase

Stop loss

Talvez você já tenha ouvido falar da ordem ‘STOP’ (que significa ‘parar’, em inglês, no infinitivo ‘to stop’) — ou stop loss (parar a perda). Trata-se de um comando normalmente utilizado para encerrar uma posição perdedora. Por exemplo: você comprou EOS ao preço de R$ 5 e não deseja perder mais que 10%. Neste caso, você colocaria um STOP de venda no R$ 4,50, ou seja, os R$ 5 iniciais menos R$ 0,50 (10%) de perda. Em resumo, ‘stop’ é uma liquidação não forçada.

Exemplo: Stop loss: uma ferramenta para reduzir prejuízos com criptomoedas na hora da queda

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